As Cruzadas foram uma onda de expedições religiosas e militares, ocorridas entre os séculos XI e XIII, em que exércitos europeus invadiram o Oriente Médio no intuito de resgatar a Terra Santa. O termo “cruzada”, inclusive, foi cunhado por conta da cruz que eles usavam nas roupas. Milhares de pessoas se envolveram nessas batalhas, o que inclui também mulheres — que, embora tenham participado em menor número, foram bastante relevantes. Confira as histórias de 4 delas:
1. Uma mulher e seu ganso
As Cruzadas envolveram várias batalhas e expedições organizadas por europeus cristãos. E pelo menos uma dessas expedições foi “guiada” por uma mulher e seu ganso.
Trata-se da Primeira Cruzada de 1096, que teria sido liderada por um sujeito chamado Pedro, que tentou levar milhares de pessoas pobres até Jerusalém. Contudo, eles nunca chegaram de fato até a Terra Santa. Aí, segundo contam os historiadores, o grupo teria aceitado o aconselhamento de uma mulher e de seu ganso sagrado.
Segundo conta o historiador Guibert de Nogent, uma mulher que havia se juntado à cruzada notou que um ganso começou a segui-la. Um rumor então se espalhou de que o ganso havia sido enviado por Deus para libertar Jerusalém. Os cristãos passaram a dizer então que a mulher não guiava o ganso, mas sim que ele a guiava rumo ao destino certo ao grupo. Infelizmente, os dois acabaram morrendo antes da chegada a Jerusalém.
2. Leonor de Aquitânia
Leonor da Aquitânia foi uma das mulheres mais ricas da Europa durante o século XII. Ela foi governante da região da Aquitânia, onde é hoje a França, e se casou com o rei Luís VII, da França, e depois com Henrique II, da Inglaterra.
Durante o casamento com Luís VII, ela se juntou à Segunda Cruzada, quando apoiou seu tio, o príncipe de Antioquia, para defender sua cidade dos sarracenos. Leonor então liderou seus vassalos e um grupo de mulheres da corte que ficaram conhecidas como amazonas.
Contudo, a marcha não foi tranquila, pois o grupo francês que rumava até Jerusalém foi capturado. Leonor, que foi acusada de atrasar o exército por conta da quantidade de roupas que carregava, assumiu a culpa pela derrota. Ainda assim, Leonor e Luís VII chegaram à Terra Santa, mas acabaram desfazendo o casamento logo depois.
3. Florine da Borgonha
Não se sabe ao certo se Florine da Borgonha realmente existiu. Parte da desconfiança é que sua história parece heroica demais. Ela teria ocorrido durante a Primeira Cruzada, e foi registrada na crônica cristã de Alberto de Aix-la-Chapelle.
Segundo consta, Florine foi casada com o príncipe dinamarquês Sueno. Ao lado do marido, ela teria liderado uma cruzada com cerca de 1.500 guerreiros dinamarqueses. Entretanto, eles acabaram sendo emboscados por cavaleiros turcos durante o trajeto.
Nessa batalha, Florine foi atingida por sete flechas, mas seguiu lutando ao lado de Sueno. Ainda assim, todo o exército acabou liquidado, e Florine morreu ao lado de seu marido. Sua imagem brandindo sua espada em cima de seu cavalo consolidou seu simbolismo heroico na memória da Europa sobre as Cruzadas.
4. Xajar Aldur
As mulheres do Oriente Médio também tiveram papel importante nas Cruzadas. Xajar Aldur era viúva do sultão do Egito Sale Aiube, e teve um papel importante na derrota durante Sétima Cruzada. Xajar Aldur havia sido comprada como escrava por Sale Aiube, mas teve um filho dele. Mais tarde, quando ele se tornou sultão, ela virou sua esposa.
Durante a Sétima Cruzada, seu marido ficou muito doente e morreu. Xajar ajudou a esconder o seu falecimento para não desmoralizar as tropas. Ela então deu ordens em nome do marido morto e falsificou sua assinatura.
Mais tarde, com a derrota dos franceses, ela garantiu a segurança de sua nação e tornou seu filho o novo sultão. Entretanto, o novo governante acabou tomando decisões equivocadas e ela resolveu matá-lo, assumindo por fim o poder.
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Valeu pelas histórias de cada uma.
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