Dicas importantes sobre amamentação

Dri 12
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Salve! 🌷

Dedico essa matéria a minha amada e amorosa filha. Ela teve o privilegio de mamar por 3 anos e 4 meses, mesmo com minha ausência 4 dias fora de casa e também minha mãe que sempre me apoia, assim conseguimos

#conseguimos porque é um conjunto que faz com que uma mãe consiga amamentar nessa agitação que a sociedade se encontra indo pra lugar nenhum ‘o mais rápido possível’...#

completar uma jornada de ‘mamá’ com sucesso, graças, principalmente e obviamente a Deus.

Durante essa jornada eu pesquisei muito como eu faria pra amamentar estando fora de casa. Ouvi do pediatra que isso não seria possivel.

O bico do seio rachava e eu chorava de dor, mas não pensei em desistir: Trofodermin foi a pomada usada (não estou indicando remédio,  apenas repassando a minha experiência.) Casca de mamão ajuda também neste caso, assim como passar o próprio leite.

Então, primeiro foquei  nos 6 meses de amamentação e o que me diziam de palavras desanimadoras nesse sentido eu simplesmente deletava do HD… Foram 6 meses somente com leite materno, pra isso calculei mais ou menos quanto tinha que ter por dia de leite pra que não precisasse complementar com nenhum leite artificial.

E assim foi feito, foram retiradas 3 caixas com vários sacos de leite de 60 a 100ml cada, que era mais ou menos o que ela mamava. No início o leite sai em gotas, chorei, orei, bebi água, colocava música clássica, me acalmei e o que  parecia inatingível, ficou cada vez mais e mais fácil. Quanto maior o estímulo maior a produção de leite. 

Essa Bomba de tirar leite foi usada por muito tempo, assim como a anterior a essa também.

Os 6 meses conseguimos, a partir de então foquei nos 2 anos. E assim foi feito eu tirava leite fora de casa e guardava.

A restrição era apenas em congelar e descongelar. Senão os nutrientes vão se perdendo. Então, assim que retirado o leite mantinha refrigerado (geladeira), quando chegava em casa colocava no freezer pra que ela tivesse leite materno na minha ausência fisica. E assim foi feito até os 2 anos e 10 dias da pequena, a partir daí até os 3 anos e 4 meses ela mamava ainda e era uma forma que tínhamos de ficar bem próximas.

E há quem diga que isso é ruim, que é muito tempo e blá blá blá.

Uma coisa eu digo à  você que quer amamentar e vê real necessidade, escute a você mesmo e dê ouvidos a quem se dispõe a te ajudar. A sua força é Deus! 

Coisas importantes que você precisa saber sobre a amamentação:

1. O leite não desce imediatamente

O primeiro líquido que vai sair do seu peito (e que já pode estar saindo desde o final da gravidez), na verdade se chama COLOSTRO. Ele é um líquido rico em anticorpos e leucócitos, vitamina A, que protege contra infecções e alergias, previne doenças oculares, entre muitos outros benefícios. O colostro também é laxante e ajuda o bebê a expulsar o mecônio e a prevenir icterícia. É importantíssimo pro sistema imunológico do recém-nascido e funciona como sua primeira “vacina”.

2. A apojadura é dolorida

O colostro continua a ser secretado até mais ou menos 3 dias após o parto e durante esse período acontece a APOJADURA: a preparação da mama para a produção efetiva do leite, com a dilatação de toda sua estrutura. É normal, nesse período, haver alguma dor e desconforto, e as mamas ficarem inchadas e quentes.

3. É normal o bebê chorar desesperamente

Em até 3 dias, com a apojadura, o leite começa a descer. É normal o bebê chorar desesperadamente, não é fome. É adaptação ao planeta-terra mesmo. Também é normal que o bebê acorde toda hora para mamar. Não é porque você não está produzindo leite o suficiente e sim porque o estômago dele ainda é muito pequeno e ele precisa mamar aos poucos, muitas vezes. Não há necessidade de complementar o leite.

4. O formato dos mamilos não interfere na amamentação

A apojadura pode ser um processo desconfortável e a abertura dos poros do mamilo na descida do leite também pode ser dolorida. O formato dos mamilos não interfere na amamentação, o bebê não abocanha o mamilo e sim a auréola inteira. Se o seu bebê estiver abocanhando somente o mamilo significa que a pega está incorreta e isso pode machucar o seu seio.

5. Procure ajuda se a amamentação demorar a se estabelecer

Se APÓS esse período de até uns 3 ou 4 dias a apojadura não ocorrer ou você sentir que a produção do leite não estiver se estabelecendo é recomendável que se procure ajuda especializada. O ideal seria ter acesso a consultores de amamentação, mas na falta destes, pediatras que tenham uma conduta primeira de apoiar o aleitamento podem ajudar. No geral, é uma questão de checar se a pega está correta, se o bebê está mamando em livre demanda, se o bebê consegue sugar bem e seu reflexo de sucção está bem estruturado. Toda mulher, quando bem orientada, tem possibilidade de amamentar, mas SIM, há mulheres que tem dificuldade para produzir seu leite por n fatores sejam físicos, emocionais e psicológicos. Mulheres que não conseguem produzir leite existem e precisam de orientação, apoio e acolhimento.

6. Amamente em livre demanda

O que vai ajudar no sucesso do estabelecimento da amamentação é a orientação sobre como o processo funciona, para que se tenha calma para passar pelos primeiros dias. Há diversos grupos de apoio na internet com diversas informações. É uma adaptação muito difícil, de muito choro do bebê e da mãe, dor, desconforto, insegurança e descobertas. O ideal é que a mãe tenha sossego para ficar com a cria amamentando em livre demanda. Sem horários, sem restrições de tempo. É o bebê amamentando que dá o “sinal” pro seio que ele tem que produzir leite. Quanto mais ele sugar, mais chance da produção engrenar. Então estabelecer horários para mamadas não é uma boa recomendação.

7. Observe se a pega está correta

Outro segredo fundamental para estabelecer uma amamentação bem sucedida é a pega. Uma mamada eficiente acontece quando o bebê consegue sugar adequadamente o seio. Se isso não ocorre o bebê pode ficar lá pendurado por um longo tempo mas não estar se alimentando direito. Aí o choro continua e a mãe entra em desespero achando que seu leite está “fraco” ou é insuficiente. Outro problema da pega inadequada é o risco de fissuras e hipersensibilização do mamilo, causando dor, sangramento e muito sofrimento para a mulher continuar a amamentação.

8. Busque posições confortáveis para amamentar.

Bebês não nascem sabendo realizar a pega. Cabe à mãe observar e corrigir sempre que necessário puxando o queixo da criança levemente para baixo para que ela se encaixe corretamente no seio. Também é importante observar uma posição que facilite a pega para o bebê e permita que a mãe fique confortável. Você vai passar bastante tempo fazendo isso.

Essas duas posições do vídeo me ajudaram a manter a amamentação por tanto tempo:

https://youtu.be/rTp6GFI1n0c

Porém, há outras formas também possíveis, seguras e confortaveis:

Imagem: www.guiadobebe.com.br

9. Cuidado com mastite e empedramento

Nos primeiros meses (os 3 primeiros aproximadamente) da amamentação o nosso corpo ainda não sabe que quantidade de leite deve produzir. Por isso é comum os seios ficarem cheios e transbordando e o excesso de leite pode causar episódios de mastite e empedramento. É importante manter a atenção sobre isso e observar para que as mamas sejam sempre esgotadas. Em caso de início de empedramento, massagens e jatos de água fria ajudam a reverter o processo.

10. É normal o seio murchar depois de um tempo

Depois dos primeiros 2 ou 3 meses o peito automaticamente ajusta sua demanda ao que o bebê precisa e passa a produzir o leite à medida que o seio é sugado. É normal, portanto, que os seios desinchem e as mães tenham aquela primeira impressão de que “o leite secou”, mas isso não aconteceu. O leite continua sendo produzido, só que agora em um processo automático quando o bebê suga.

11. O indicador da amamentação eficaz é o peso do bebê

O melhor indicador se a amamentação está bem sucedida é o ganho de peso de peso e o crescimento do bebê. Isto se acompanha com visitas mensais ao pediatra que vai pesar e medir a criança. Peça para anotar a evolução na própria caderneta de vacinação que possui uma tabela de curva de peso e crescimento. O importante é que essa curva apresente crescimento contínuo, mesmo que discreto.

Lembrando que se a criança está ativa não tem porque se preocupar com o peso. Siga seu instinto materno, ele não falha!

12. Picos e saltos interferem na frequência das mamadas

Bebês passam por pico de crescimento e salto de desenvolvimento. Nestes períodos é normal que fiquem mais demandantes e queiram mamar mais.

13. A mãe não precisa fazer restrição de nenhum alimento

Não há nenhuma pesquisa conclusiva que indique a necessidade de restrição alimentar durante o período de amamentação. Afirmar que determinados alimentos causam gases ou cólicas no bebê é bastante inconclusivo e rodeado de mitologia. Os únicos casos indicados de dieta para a mãe são no caso do bebê apresentar alguma alergia como no caso do APLV.

14. Não precisa beber mais água do que tem vontade

Amamentar dá muita sede e o principal elemento formador do leite é água, mas a mulher não precisa se obrigar a beber água para além da sua vontade.

É quase que imediata a ingestão de água com a produção de leite, apesar de não haver nenhum estudo conclusivo com relação a ingestão de água e chás. Relato meu, indico a ingestão dos dois, segundo vontade do seu corpo e a critério de sua intuição. Há um chá que foi peça fundamental no retorno a produção de leite após os 2 ou 3 meses da minha filha:

Sua especial composição de plantas como o Funcho, a Erva Doce, a Alcarávia, a Melissa e a Rosa Silvestre, secas em estufas com temperaturas especiais.

 

15. Sossego e tranquilidade são importantes

Por outro lado, o estado psicológico/emocional da mãe afeta a amamentação. Mães em DPP (depressão pós parto) precisam de amor, atenção e apoio reforçado para passar por esta etapa.

16. Mamar também é amor

Para o bebê, mamar não tem só aspecto nutritivo, mas também emocional e afetivo e é normal que peçam peito por outras coisas que não fome, como medo, dor, angústia, consolo, etc. Não é “manha”, é o recurso que eles para autoregular-se.

17. O leite é o principal alimento até o 1 ano de vida

Até o 1º ano de vida o leite materno é o principal alimento do bebê. É normal que ele ainda queira mais mamar do que comer.

18.O desejado é que se amamente até os 2 anos de idade

A OMS recomenda aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade do bebê e complementar até os 2 anos.

19. Amamentar cansa

Amamentar é exaustivo e sacrificante. É normal se sentir cansado, é um gratificante gasto de energia… faça com amor.

Amamentar é importante porque é inegavelmente a melhor e mais barata opção para a mãe e para o bebê.

No entanto, não podemos ignorar que na nossa sociedade machista o seio da mulher é um objeto sexual e não uma fonte de alimento; que há um lobby poderosíssimo da indústria de leite artificial junto à Sociedade Brasileira de Pediatria para desincentivar o aleitamento materno; que a mulher é pressionada para retornar ao trabalho em 120 dias sem que o filho “interfira” na sua produtividade; que impera a desinformação e  nenhuma cultura de apoio efetivo para mulheres no pós-parto. Então há mulheres que conseguem amamentar e mulheres que não conseguem. Todas amam seus filhos e todas se sacrificam porque tanto o aleitamento natural quando o artificial tem sua cota de dificuldade. Vamos tratar a amamentação na justa medida sem romantização e sem culpabilização de mulheres.

Fonte: militanciamaterna [ com alterações e observações pessoais.]

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12 thoughts on “Dicas importantes sobre amamentação

  1. Tive a oportunidade de amamentar minha filha até aos 2 e 8 meses, e eu amava ver os olhinhos dela me olhando quando estava mamando, momentos únicos, hoje ela já esta uma moça…..
    Gratidão pelas dicas, luz pra nós!

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