Salve! 🌷
Dedico essa matéria a minha amada e amorosa filha. Ela teve o privilegio de mamar por 3 anos e 4 meses, mesmo com minha ausência 4 dias fora de casa e também minha mãe que sempre me apoia, assim conseguimos
#conseguimos porque é um conjunto que faz com que uma mãe consiga amamentar nessa agitação que a sociedade se encontra indo pra lugar nenhum ‘o mais rápido possível’...#
completar uma jornada de ‘mamá’ com sucesso, graças, principalmente e obviamente a Deus.
Durante essa jornada eu pesquisei muito como eu faria pra amamentar estando fora de casa. Ouvi do pediatra que isso não seria possivel.
O bico do seio rachava e eu chorava de dor, mas não pensei em desistir: Trofodermin foi a pomada usada (não estou indicando remédio, apenas repassando a minha experiência.) Casca de mamão ajuda também neste caso, assim como passar o próprio leite.
Então, primeiro foquei nos 6 meses de amamentação e o que me diziam de palavras desanimadoras nesse sentido eu simplesmente deletava do HD… Foram 6 meses somente com leite materno, pra isso calculei mais ou menos quanto tinha que ter por dia de leite pra que não precisasse complementar com nenhum leite artificial.
E assim foi feito, foram retiradas 3 caixas com vários sacos de leite de 60 a 100ml cada, que era mais ou menos o que ela mamava. No início o leite sai em gotas, chorei, orei, bebi água, colocava música clássica, me acalmei e o que parecia inatingível, ficou cada vez mais e mais fácil. Quanto maior o estímulo maior a produção de leite.
Essa Bomba de tirar leite foi usada por muito tempo, assim como a anterior a essa também.
Os 6 meses conseguimos, a partir de então foquei nos 2 anos. E assim foi feito eu tirava leite fora de casa e guardava.
A restrição era apenas em congelar e descongelar. Senão os nutrientes vão se perdendo. Então, assim que retirado o leite mantinha refrigerado (geladeira), quando chegava em casa colocava no freezer pra que ela tivesse leite materno na minha ausência fisica. E assim foi feito até os 2 anos e 10 dias da pequena, a partir daí até os 3 anos e 4 meses ela mamava ainda e era uma forma que tínhamos de ficar bem próximas.
E há quem diga que isso é ruim, que é muito tempo e blá blá blá.
Uma coisa eu digo à você que quer amamentar e vê real necessidade, escute a você mesmo e dê ouvidos a quem se dispõe a te ajudar. A sua força é Deus!
Coisas importantes que você precisa saber sobre a amamentação:
1. O leite não desce imediatamente
O primeiro líquido que vai sair do seu peito (e que já pode estar saindo desde o final da gravidez), na verdade se chama COLOSTRO. Ele é um líquido rico em anticorpos e leucócitos, vitamina A, que protege contra infecções e alergias, previne doenças oculares, entre muitos outros benefícios. O colostro também é laxante e ajuda o bebê a expulsar o mecônio e a prevenir icterícia. É importantíssimo pro sistema imunológico do recém-nascido e funciona como sua primeira “vacina”.
2. A apojadura é dolorida
O colostro continua a ser secretado até mais ou menos 3 dias após o parto e durante esse período acontece a APOJADURA: a preparação da mama para a produção efetiva do leite, com a dilatação de toda sua estrutura. É normal, nesse período, haver alguma dor e desconforto, e as mamas ficarem inchadas e quentes.
3. É normal o bebê chorar desesperamente
Em até 3 dias, com a apojadura, o leite começa a descer. É normal o bebê chorar desesperadamente, não é fome. É adaptação ao planeta-terra mesmo. Também é normal que o bebê acorde toda hora para mamar. Não é porque você não está produzindo leite o suficiente e sim porque o estômago dele ainda é muito pequeno e ele precisa mamar aos poucos, muitas vezes. Não há necessidade de complementar o leite.
4. O formato dos mamilos não interfere na amamentação
A apojadura pode ser um processo desconfortável e a abertura dos poros do mamilo na descida do leite também pode ser dolorida. O formato dos mamilos não interfere na amamentação, o bebê não abocanha o mamilo e sim a auréola inteira. Se o seu bebê estiver abocanhando somente o mamilo significa que a pega está incorreta e isso pode machucar o seu seio.
5. Procure ajuda se a amamentação demorar a se estabelecer
Se APÓS esse período de até uns 3 ou 4 dias a apojadura não ocorrer ou você sentir que a produção do leite não estiver se estabelecendo é recomendável que se procure ajuda especializada. O ideal seria ter acesso a consultores de amamentação, mas na falta destes, pediatras que tenham uma conduta primeira de apoiar o aleitamento podem ajudar. No geral, é uma questão de checar se a pega está correta, se o bebê está mamando em livre demanda, se o bebê consegue sugar bem e seu reflexo de sucção está bem estruturado. Toda mulher, quando bem orientada, tem possibilidade de amamentar, mas SIM, há mulheres que tem dificuldade para produzir seu leite por n fatores sejam físicos, emocionais e psicológicos. Mulheres que não conseguem produzir leite existem e precisam de orientação, apoio e acolhimento.
6. Amamente em livre demanda
O que vai ajudar no sucesso do estabelecimento da amamentação é a orientação sobre como o processo funciona, para que se tenha calma para passar pelos primeiros dias. Há diversos grupos de apoio na internet com diversas informações. É uma adaptação muito difícil, de muito choro do bebê e da mãe, dor, desconforto, insegurança e descobertas. O ideal é que a mãe tenha sossego para ficar com a cria amamentando em livre demanda. Sem horários, sem restrições de tempo. É o bebê amamentando que dá o “sinal” pro seio que ele tem que produzir leite. Quanto mais ele sugar, mais chance da produção engrenar. Então estabelecer horários para mamadas não é uma boa recomendação.
7. Observe se a pega está correta
Outro segredo fundamental para estabelecer uma amamentação bem sucedida é a pega. Uma mamada eficiente acontece quando o bebê consegue sugar adequadamente o seio. Se isso não ocorre o bebê pode ficar lá pendurado por um longo tempo mas não estar se alimentando direito. Aí o choro continua e a mãe entra em desespero achando que seu leite está “fraco” ou é insuficiente. Outro problema da pega inadequada é o risco de fissuras e hipersensibilização do mamilo, causando dor, sangramento e muito sofrimento para a mulher continuar a amamentação.
8. Busque posições confortáveis para amamentar.
Bebês não nascem sabendo realizar a pega. Cabe à mãe observar e corrigir sempre que necessário puxando o queixo da criança levemente para baixo para que ela se encaixe corretamente no seio. Também é importante observar uma posição que facilite a pega para o bebê e permita que a mãe fique confortável. Você vai passar bastante tempo fazendo isso.
Essas duas posições do vídeo me ajudaram a manter a amamentação por tanto tempo:
https://youtu.be/rTp6GFI1n0c
Porém, há outras formas também possíveis, seguras e confortaveis:
Imagem: www.guiadobebe.com.br
9. Cuidado com mastite e empedramento
Nos primeiros meses (os 3 primeiros aproximadamente) da amamentação o nosso corpo ainda não sabe que quantidade de leite deve produzir. Por isso é comum os seios ficarem cheios e transbordando e o excesso de leite pode causar episódios de mastite e empedramento. É importante manter a atenção sobre isso e observar para que as mamas sejam sempre esgotadas. Em caso de início de empedramento, massagens e jatos de água fria ajudam a reverter o processo.
10. É normal o seio murchar depois de um tempo
Depois dos primeiros 2 ou 3 meses o peito automaticamente ajusta sua demanda ao que o bebê precisa e passa a produzir o leite à medida que o seio é sugado. É normal, portanto, que os seios desinchem e as mães tenham aquela primeira impressão de que “o leite secou”, mas isso não aconteceu. O leite continua sendo produzido, só que agora em um processo automático quando o bebê suga.
11. O indicador da amamentação eficaz é o peso do bebê
O melhor indicador se a amamentação está bem sucedida é o ganho de peso de peso e o crescimento do bebê. Isto se acompanha com visitas mensais ao pediatra que vai pesar e medir a criança. Peça para anotar a evolução na própria caderneta de vacinação que possui uma tabela de curva de peso e crescimento. O importante é que essa curva apresente crescimento contínuo, mesmo que discreto.
Lembrando que se a criança está ativa não tem porque se preocupar com o peso. Siga seu instinto materno, ele não falha!
12. Picos e saltos interferem na frequência das mamadas
Bebês passam por pico de crescimento e salto de desenvolvimento. Nestes períodos é normal que fiquem mais demandantes e queiram mamar mais.
13. A mãe não precisa fazer restrição de nenhum alimento
Não há nenhuma pesquisa conclusiva que indique a necessidade de restrição alimentar durante o período de amamentação. Afirmar que determinados alimentos causam gases ou cólicas no bebê é bastante inconclusivo e rodeado de mitologia. Os únicos casos indicados de dieta para a mãe são no caso do bebê apresentar alguma alergia como no caso do APLV.
14. Não precisa beber mais água do que tem vontade
Amamentar dá muita sede e o principal elemento formador do leite é água, mas a mulher não precisa se obrigar a beber água para além da sua vontade.
É quase que imediata a ingestão de água com a produção de leite, apesar de não haver nenhum estudo conclusivo com relação a ingestão de água e chás. Relato meu, indico a ingestão dos dois, segundo vontade do seu corpo e a critério de sua intuição. Há um chá que foi peça fundamental no retorno a produção de leite após os 2 ou 3 meses da minha filha:
Sua especial composição de plantas como o Funcho, a Erva Doce, a Alcarávia, a Melissa e a Rosa Silvestre, secas em estufas com temperaturas especiais.
15. Sossego e tranquilidade são importantes
Por outro lado, o estado psicológico/emocional da mãe afeta a amamentação. Mães em DPP (depressão pós parto) precisam de amor, atenção e apoio reforçado para passar por esta etapa.
16. Mamar também é amor
Para o bebê, mamar não tem só aspecto nutritivo, mas também emocional e afetivo e é normal que peçam peito por outras coisas que não fome, como medo, dor, angústia, consolo, etc. Não é “manha”, é o recurso que eles para autoregular-se.
17. O leite é o principal alimento até o 1 ano de vida
Até o 1º ano de vida o leite materno é o principal alimento do bebê. É normal que ele ainda queira mais mamar do que comer.
18.O desejado é que se amamente até os 2 anos de idade
A OMS recomenda aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade do bebê e complementar até os 2 anos.
19. Amamentar cansa
Amamentar é exaustivo e sacrificante. É normal se sentir cansado, é um gratificante gasto de energia… faça com amor.
Amamentar é importante porque é inegavelmente a melhor e mais barata opção para a mãe e para o bebê.
No entanto, não podemos ignorar que na nossa sociedade machista o seio da mulher é um objeto sexual e não uma fonte de alimento; que há um lobby poderosíssimo da indústria de leite artificial junto à Sociedade Brasileira de Pediatria para desincentivar o aleitamento materno; que a mulher é pressionada para retornar ao trabalho em 120 dias sem que o filho “interfira” na sua produtividade; que impera a desinformação e nenhuma cultura de apoio efetivo para mulheres no pós-parto. Então há mulheres que conseguem amamentar e mulheres que não conseguem. Todas amam seus filhos e todas se sacrificam porque tanto o aleitamento natural quando o artificial tem sua cota de dificuldade. Vamos tratar a amamentação na justa medida sem romantização e sem culpabilização de mulheres.
Fonte: militanciamaterna [ com alterações e observações pessoais.]
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Obrigada 🌺
Luz p’ra nós
Tive a oportunidade de amamentar minha filha até aos 2 e 8 meses, e eu amava ver os olhinhos dela me olhando quando estava mamando, momentos únicos, hoje ela já esta uma moça…..
Gratidão pelas dicas, luz pra nós!
Luz p’ra nós!
Luz pra nós!
Amamentação é algo tão lindo e importante, uma conexão muito forte de mãe e filho.
Luz pra nós!
Luz pra nós!
A conexão que amamentar nos possibilita, é algo realmente divino ✨
Amamentei algumas crianças, foram momentos inesquecíveis.
As bençãos da amamentação! O que é doloroso no começo, torna se gratificante… Luz p’ra nós! ❤
Muito bom! Luz p’ra nós!
Luz para nós!!!
Luz p’ra nós!
Luz para nós!!
Luz p’ra nós!