Dizer sempre o que o outro quer ouvir é uma forma de desamor

Dri 28
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Males do desamor estão escondidos em inadvertência opinativa sobre certos aspectos que realmente importam em um relacionamento genuíno. Agradar nem sempre é se importar.

Algumas vezes temos que ouvir coisas bem desagradáveis das pessoas que amamos, ou então dizer a elas algo que não lhe comprazem. Apesar do desconforto emocional que isso pode causar, dependendo do caso, não é algo de todo ruim. Pior do que ser incomodado pela amargura de palavras moralistas alheias é ser apunhalado pela própria moral quando essas palavras nos fazem sentido no futuro.

Uma pessoa que se importa realmente com a outra não hesita em manifestar objeção ao que está sendo tratado, se achar que é o correto a fazer. A questão aí não é tentar ferir os sentimentos do outro, mas oferecer cenários de risco para que a pessoa faça suas escolhas sem desconsiderar as possíveis consequências.
Poucas pessoas estão preparadas para ser realistas ou lidar com gente realista. Diante de inúmeras adversidades corriqueiras, é muito melhor procurar pessoas que nos tranquilizam em momentos de preocupação, e então costumamos rejeitar, não sem algum ressentimento, quem nos orienta com outras realidades menos convenientes. Muitas verdades que se revelam a alguns são o motivo de outros se alimentarem com mentiras. O realismo não é o melhor conforto, o otimismo sim. Mas ser otimista demais torna alguém resguardado, passível de acreditar em invulnerabilidade, sendo, assim, ainda mais vulnerável do que já é por natureza.

Algumas vezes, não conseguimos adotar a sinceridade sem sermos rudes. Nesses casos, há uma diferença entre ser rude por ter sido sincero e mentir para esconder a rudeza. A sinceridade acompanhada de descortesia tende a ser combatida, não agradecida. Quando alguém começa a nos dizer: “Olhe, sinceramente…”, logo imaginamos que essa pessoa irá nos bombardear com palavras espinhosas, mas nem sempre ser sincero remete a dizer coisas mais difíceis de aceitar.
Muitos se sentem desrespeitados em ouvir as verdades do outro como se fossem as suas, e então taxam quem as verbalizou de estúpido, arrogante, egoísta, sem noção. Contra esse problema, costumeiramente escolhem omitir o que pensam para reduzir a intensidade do desgosto, quando, na verdade, agridem-se indiretamente por conta de não lidar com seu problema. Sim, abuso verbal é método de violência, mas omissão verbal também pode ser.

Há de se ter atenção redobrada com aqueles que buscam sempre nos agradar com palavras sutis, agradáveis e acalentadoras, e nunca nos repreendem (mesmo suavemente). Quem se preocupa verdadeiramente com nosso bem-estar reconhece que o valor da felicidade não se estrutura apenas nela.

Em um mundo onde o amadurecimento é visto como forma de opressão, a possibilidade de ser mimados é atraente demais para que aceitemos os perigos do mimo exagerado. Um desses perigos é que, quando a vida nos desafia a adiar gratificações, a não ser tão imediatistas, traduzimos isso em sofrimento desnecessário, e então adotamos a posição de vítimas.

A inocência é saudável até certo ponto; para além desse limite, torna a pessoa refém das próprias responsabilidades.

Não temos como perceber todas as vezes que erramos, então dependemos de pessoas que nos orientem. Às vezes, precisamos de humildade para ouvir conselhos dos outros e alterar nosso comportamento; outras vezes, precisamos de proatividade para dar conselhos aos outros e inspirá-los à mudança.

Nossas opiniões, se não forem por vezes contestadas ou provocadas, tornam-se frugais, porque somente a crítica faz nascer a reflexão da qual toda boa opinião depende.

Muita gente pensa que o ato de criticar logo remete a falar mal em sentido pejorativo: isso só se aplica no caso de críticas destrutivas. Por outro lado, as críticas construtivas tem conotação positiva, visto que promovem desenvolvimento humano.

É sabido que as pessoas têm a mania de usar seu filtro interno para ouvir apenas o que querem ouvir.

Contudo, cedo ou tarde verão-se tentadas a ouvir o que não querem, pois ninguém sobrevive – tampouco “evolui” – só de elogios.
O ideal, quando ouvimos palavras indecorosas de alguém que amamos ou mesmo daqueles que não temos tanta intimidade, não é responder em tom de ofensa, mas, primeiro, discernir se realmente foi uma ofensa.

Nem sempre o problemático é a causa do problema que está sendo problematizado.

É muito fácil transferir o conteúdo de uma crítica do campo técnico para o campo pessoal. As pessoas estão mais preocupadas com seu orgulho presente do que aprender no agora.

É importante controlar o temperamento ao se dar um conselho, porque a percepção de destemperança por parte da outra pessoa faz com que ela adote uma postura defensiva, e esta, por si só, prejudica na devida assimilação do caso, uma vez que o foco passa a ser a relação pessoal entre os envolvidos e não o caso em si. Assim, no calor da discussão, conselhos são rejeitados e ignorados com muita facilidade.

Um conselho dado de maneira inadequada não terá efeito solutivo, mesmo que seja o mais adequado dos conselhos.

Muitos relacionamentos são terminados ou prejudicados porque, por mais de uma vez, uma pessoa pediu ajuda à outra para resolver um assunto para si relevante, mas foi decepcionada em ouvir exatamente aquilo que mais temia.

Engraçado como as pessoas primam pela sinceridade, mas não se mostram muito seguras para ouvir opiniões desagradáveis, por mais sinceras que possam ser.

Pede-se do outro um dizer necessário, mas, muitas vezes, o que queremos ouvir não é o que precisamos saber. Confunde-se muito querer e precisar. Nós queremos tudo o que precisamos, mas não necessariamente precisamos de tudo que queremos. Assim se dá também com conselhos e opiniões no nosso cotidiano.
Nós damos mais bons conselhos do que achamos preciso recebê-los. Aconselhar sem dar o exemplo é incoerente igual um cristão que peca e condena o herege pelo pecado. Francis Bacon, filósofo inglês, dizia:

“Aquele que dá bons conselhos constrói com uma mão; aquele que dá bons conselhos e exemplo constrói com ambas; o que dá bons conselhos e mau exemplo constrói com uma mão e destrói com a outra.”

As pessoas mais confiáveis e dignas da nossa companhia são aquelas que, primeiro, buscam compreender nossas angústias, para em seguida nos ajudar a superá-las. Não devemos aceitar tudo sobre quem amamos, mas, para genuinamente amarmos uma pessoa, precisamos nos esforçar para compreender o porquê ela faz o que faz, e esse esforço só é possível se abraçarmos as suas diferenças, inclusive as que não queremos para nós, mas que, querendo ou não, também fazem parte de nós a partir do momento em que amamos.

Dizer sempre o que o outro quer ouvir é uma forma de desamor

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Quero Entender   Alquimia da Bicicleta   Como entender a Torus?  O nada de fora é o nada de dentro   Geometria Sagrada  Cubo de Metatron Aula 1: O que é a vida pela alquimia?

Luz pra nós!

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28 thoughts on “Dizer sempre o que o outro quer ouvir é uma forma de desamor

    1. Verdade. Para os dois lados, quem ouvi se acomoda e fala logo se incomoda por ser uma forma de covardia, e o contrário de autoresponsabilidade.
      Luz pr’a nós

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