Marina Esmeraldo nasceu no Brasil, mas sua vontade de aprender e sua carreira como ilustradora fizeram com que se estabelecesse em Londres e Barcelona. Embora tenha se formado em Arquitetura no Nordeste, a frustração com o mercado e a paixão pelas artes gráficas a levaram à carreira de ilustradora. Seu estilo, uma fusão de sua sensibilidade tropical com a formação de arquiteta, caracteriza-se por ser repleto de formas, padrões e composições experimentais.
Sua bem-sucedida carreira como ilustradora a conduziu a trabalhos para marcas e publicações importantes como Google, Coca-Cola, Adidas, Häagen-Dazs, The Washington Post, Wired, Women’s March e muitas outras.
A arquitetura como base da arte
Embora seus pais a incentivassem a estudar arquitetura, alguns anos no ramo convenceram Marina Esmeraldo de que seu caminho era a arte. No entanto, não deixou para trás todo o seu conhecimento de arquitetura. Na verdade, percebeu que poderia aplicar sua experiência em design e arquitetura às suas ilustrações.
A influência de uma disciplina tão diferente acrescentou uma forma especial de ver o mundo: suas ilustrações e obras surgem, muitas vezes, da desconstrução de formas ao seu redor, rearranjadas depois para criar algo diferente.
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Desta forma, as linhas dos arcos e escadarias das criptas do Panteão de Paris se transformam numa obra tridimensional, uma reflexão sobre as diferentes perspectivas de um mesmo objeto.
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A cor e a passagem do físico ao digital
Marina Esmeraldo confessa que, por muito tempo, teve dificuldade para encontrar um caminho nas cores. Durante os estudos de arquitetura, sua obsessão era o minimalismo e as formas puras: branco, preto e tons de cinza. Tudo mudou no momento em que começou a desenhar e ilustrar: cores vivas e padrões malucos dominaram suas obras desde o primeiro momento.
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Embora seja apaixonada pelo trabalho de ilustração tradicional, repleto de vida e texturas, muitas vezes explora as cores pintando no papel e depois transferindo essa imagem para o Adobe Sketch. Assim, pode realizar rápidos estudos de cores que permitem brincar e experimentar digitalmente até encontrar o resultado desejado.
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Os perigos da comparação
Marina identifica a comparação como uma experiência básica do ser humano que, no entanto, deveríamos aprender a controlar. Comparar-se com outras pessoas pode transformá-lo em seu pior inimigo e crítico mais severo. É a crença de que você está na indústria criativa, de que é digno de ser visto, que irá ajudá-lo a suportar os momentos mais complicados e a evitar o esgotamento criativo e a consequente perda de autoestima.
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Acreditar em você e não no que acredita que o mundo quer de você é vital, assim como o desejo de continuar aprendendo e melhorando. Marina confessa estar em uma busca incansável por novos desafios, sendo o último deles a cerâmica. Independentemente do que as pessoas ao seu redor façam ou da presença que possa ter nas redes sociais, são essas as qualidades que farão a diferença.
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