Madalena, que foi escravizada, recebe R$ 690 mil de indenização

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Notícia boa sobre a Madalena Gordiano, que ficou escravizada por 38 anos. Ela finalmente recebeu a indenização!

O acordo na justiça saiu esta semana, sete meses após ser libertada – em novembro de 2020 – da casa da família Milagres Rigueira, que a manteve em condições análogas à escravidão.

Pelo acordo feito na justiça, Madalena recebeu um apartamento, avaliado entre R$ 400 e R$ 600 mil, e um carro, no valor de R$ 70 mil. Claro que o valor não paga as quase quatro décadas de prisão e sofrimento, mas vai ajudar a brasileira e reconstruir a vida.

Madalena Gordiano tem 48 anos e morava na casa dos patrões em Patos de Minas, sem registro em carteira, descanso remunerado, nem salário mínimo garantido. Segundo o Ministério Público do Trabalho, Madalena trabalha para a família desde os 8 anos.

O acordo na justiça

Ela cobrava na justiça o pagamento de R$ 2,2 milhões em direitos trabalhistas e aceitou a proposta oferecida no valor de R$ 690.100.

A audiência foi esta semana de forma virtual, no Tribunal Regional do Trabalho da terceira região em Patos de Minas.

De acordo com o advogado dela, Alexander da Silva Santos, Madalena disse gostou da decisão.

“Nós avaliamos como uma vitória. Porque, se de um lado o pedido foi muito maior do que efetivamente se conseguiu, por outro lado sabemos que ações judiciais demoram muito tempo, podendo durar anos. Ela pediu para que trabalhássemos na conclusão desse acordo”, disse ele na Marie Claire.

Além da indenização, Madalena também receberá uma pensão por ter sido casada com Marino Lopes da Costa, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial e tio de Valdirene.

O relacionamento entre os dois foi arranjado pela própria família Milagres Rigueira e, após a morte de Marino em 2003, eles administravam o dinheiro recebido por Madalena. O dinheiro, inclusive, ajudou a pagar a faculdade de medicina de uma das filhas do casal.

Vida nova

Madalena afirmou ao Estadão que não vai ficar com os bens. Ela pretende vendê-los para construir, ou comprar uma casa. Isso ela ainda vai decidir.

“Vou vender o apartamento. Não vou morar lá não, porque tenho muita recordação ruim. Mas vou ter de entrar, olhar. Agora é meu, né?”, disse.

Ela pretende continuar em Uberaba, onde atualmente mora com uma assistente social.

Matéria complementar:

Resgatada do trabalho escravo em Minas, Madalena celebra aniversário pela 1ª vez

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