Arte ancestral: A folha de coqueiro na criação de artesanatos

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Muito versátil, a folha de coqueiro é utilizada como matéria-prima na produção de diversos objetos decorativos. A folha de coqueiro é uma das partes da planta, e é essencial para o seu crescimento e processo da fotossíntese.

O seu tamanho é relativamente grande, ela pode alcançar por volta dos seis metros de comprimento. Além disso, possui até 300 folíolos (são justamente as partes repartidas da folha, que lhe dão o aspecto de pena). Cada folíolo pode alcançar até 1,30 metro. Ou seja, a folha é bastante larga e flexível. Então, quando ela é trançada ganha diversas formas e dá origem a diferentes peças de decoração e acessórios.

Outra vantagem da folha de coqueiro é o seu uso na construção civil. Telhados, abrigos e áreas em jardins, por exemplo, podem ser cobertas com as folhas, que dão uma característica mais natural e artesanal aos ambientes.

artesanato com a folha de coqueiro é uma das funções mais comuns para a planta. É possível confeccionar diversos objetos com o vegetal, que se adapta facilmente às produções.

Conheça um pouco mais sobre a arte com folha de coqueiro:

  • Flor de folha de coqueiro: muitas pessoas têm a habilidade de confeccionar rosas com a folha da planta. O adereço torna-se um belo enfeite artesanal para compor a decoração de casa, assim como de espaços abertos.
  • Folha de coqueiro trançada: dependendo da forma como é trançada, a folha pode ganhar diferentes formas, como uma fruteira ou um cachepô. Também pode ser utilizada na forma de vaso, acomodando flores e plantas.
  • Chapéu: a produção de um chapéu com as folhas é um pouco mais difícil, pois exige certa técnica. Contudo, é um acessório muito utilizado, principalmente quando existe exposição ao sol.
  • Objetos decorativos: a folha é bastante versátil e pode ser utilizada na produção de outros objetos decorativos, como estrelas e até pássaros. Portanto, bastante deixar a imaginação fluir e aperfeiçoar o trançado para construir peças incríveis.

Utilidades do coqueiro

Há quem diga que o coqueiro pode salvar vidas, tamanha a importância que a planta representa para a natureza. A planta é muito versátil e pode ser utilizada de diferentes maneiras.

O tronco pode ser utilizado para a confecção de objetos, assim como a casca. Já as espécies que produzem coco, o fruto pode ser utilizado de diferentes maneiras: consumido in natura, em receitas de bolo ou doces, consumo da água, etc.

Por fim, o óleo do coqueiro também é utilizado tanto para a gastronomia quanto para o comércio de cosméticos. O óleo pode ser utilizado em massagens, assim como para a hidratação da pele e cabelos.

Por fim, então, com a folha de coqueiro e palhas, por exemplo, é possível construir abrigos para proteção contra o sol ou a chuva. A planta, portanto, pode representar uma importante fonte econômica nas comunidades onde é cultivada.

Como o coqueiro chegou ao Brasil?

Agora que conhecemos a versatilidade e os principais usos artesanais e artísticos da folha de coqueiro, chegou o momento de analisarmos como tudo isso foi possível. Para tanto, é fundamental entender como se deu a introdução dos coqueiros no Brasil.

A planta não existia em nosso território, quando de sua “descoberta” pelos invasores portugueses em 1500. Nesse sentido, as primeiras referências constam do “Tratado Descritivo do Brasil”, redigido por Gabriel de Souza, no ano de 1587.

Antes que quaisquer outros registros escritos sobre o tema, Souza afirmava que as palmeiras que produzem coco se davam bem na Bahia. Logo depois, fazia um comparativo com a produção na Índia.

Primordialmente, o autor remeteu à Coroa Portuguesa a informação de que, após enfiar um coco na terra, é possível obter frutos dentro de 5 anos. Nesse ínterim, reafirmava o cronista que, na Índia, não havia frutificação ao longo de 20 anos.

Coqueiros gigantes

Assim sendo, os coqueiros gigantes foram introduzidos em 1553 no Brasil, especificamente na Bahia. Todavia, os primeiros exemplares eram provenientes de Cabo Verde.

De fato, a origem mais remota desses materiais seriam o Sri Lanka ou a Índia, de onde os coqueiros teriam sido levados à Moçambique. Isto é, essa hipótese pode ser confirmada ao observarmos a semelhança entre os coqueiros gigantes de Moçambique e os coqueiros da África Ocidental.

Com toda a certeza, em 1939 ocorreria uma segunda introdução, a partir da variedade cabocla que vinha da Malásia mediante a exportação de Carlos Browne e Paulo Burle. Só para exemplificar, a chegada se dava pelo porto carioca e os coqueiros eram plantados na cidade de Cabo Frio.

O Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura) iniciou, em 1978, a terceira introdução. Enquanto os coqueiros selecionados vinham da Costa do Marfim, o processo comercial era viabilizado, primeiro, pelo IRHO e, depois, pelo CIRAD – órgãos internacionais de cooperação agrícola.

Só para ilustrar, a iniciativa privada intensificou suas atividades com a quarta introdução, em 1981, pela SOCOCO, que importava da África Ocidental para instalar um campo produtivo de híbridos no estado do Pará.

Eventualmente, a quinta introdução ocorreria dois anos depois, em 1983. Seja como for, a Embrapa decidiu importar, da Costa do Marfim, diversas populações para configurar o seu “Banco Ativo de Geoplasma”. Afinal, essa estrutura foi instalada no Sergipe, contando com os acessos:

  • Malásia;
  • Vanuatu;
  • Polinésia;
  • Tonga;
  • Rotuma;
  • Rennel;
  • Oeste Africano.

Coqueiro anão

Da mesma forma, a entrada do coqueiro anão no Brasil tem sido atribuída aos doutores Miguel Calmon e Arthur Neiva. Ainda que Neiva, enquanto pesquisador ligado à Fundação Osvaldo Cruz, tenha feito uma viagem ao Oriente para analisar seringueiras, os coqueiros também foram alvo de sua atenção.

Similarmente, quando retornou, fez conferência, atendendo à solicitação de Calmon, na SNA (Sociedade Nacional da Agricultura), Rio de Janeiro, no mês de dezembro de 1921.

Com a finalidade de expor suas descobertas, Neiva abordou a variedade anã. Segundo ele, é provável que desde a segunda década do século XX os primeiros exemplares do chamado “king coconut” tenham sido plantados na Malásia.

Acima de tudo, essa variedade é capaz de oferecer um maior rendimento. Assim também, ela teria sido avistada em diversos pontos espalhados pela Malásia, porém sem nenhuma plantação coordenada.

Ainda mais relevante, quando Ministro da Agricultura, Calmon fundamentou-se nas conferências de Neiva para tomar a decisão de importar, em 1925, centenas de mudas de coqueiros anões verdes, distribuindo-os pelos estados da Região Norte.

Em contrapartida, a Bahia recebeu dez mudas para o plantio no chamado “Horto do Retiro”. Do mesmo modo, outras dez foram plantadas em Uruçuca (Estação Experimental da Água Preta) e no Campo Experimental localizado em Ondina. Posto que, no Rio de Janeiro, as mudas foram plantadas em Deodoro, na Estação Experimental pertencente ao governo.

  • As primeiras mudas

Com o propósito de evitar a necessidade de adubação, as mudas foram plantadas utilizando-se o mesmo processo dos coqueiros gigantes e passaram-se muitos anos para que, finalmente, a precocidade da produção despertasse interesse.

Por causa do praguejamento de insetos e da ausência de frutos encontrados nos coqueiros anões situados na Estação de Água Preta, as pragas tiveram que ser combatidas, por meio do adubamento com lixos e cinzas da cidade.

Como resultado, cerca de um ano depois de iniciar os tratamentos, os coqueiros se recuperaram e chegaram a produzir mais de quatrocentos cocos com tamanho regular e chegando à maturação.

De tal sorte que muitas fotografias foram veiculadas pela imprensa e diversas sementes e mudas foram distribuídas, despertando um forte interesse da opinião pública sobre os coqueiros anões.

Em virtude disso, várias mudas foram enviadas a estados que ainda não contavam com elas, como Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo. Em primeiro lugar, o Campo de Sementes de Coqueiros trouxe, no ano de 1934, 10 frutos que, posteriormente, deram origem a 5 coqueiros.

Anteriormente, esse campo era utilizado para outras finalidades, mas foi convertido em uma Subestação Experimental. Semelhantemente, os frutos originaram-se da primeira geração importada de cocos, pertencentes à Fazenda Estiva, de Pernambuco.

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