Líder feminista morre após realizar aborto legal na Argentina

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María del Valle González López é a primeira vítima registrada do a,borto legalizado na Argentina. A jovem tinha 23 anos, estudava serviço social na Universidade Nacional de Cuyo, e era presidente da Juventude Radical de La Paz, na província de Mendoza (Argentina). No último domingo (11), ela morreu após se submeter a um aborto em um hospital local. Foi a primeira morte registrada no país depois da aprovação da lei do aborto, que ocorreu em 30 de dezembro 2020.

De acordo com o jornal argentino Clarín, a jovem dirigiu-se ao hospital Arturo Illia, na cidade de La Paz, “para solicitar um procedimento de interrupção legal” da gravidez, termo usado para se referir ao aborto.

Lá, prescreveram um medicamento – presume-se que seja misoprostol – e logo após ela começou a se sentir mal. Ela foi encaminhada ao principal centro de saúde da zona leste de Mendoza, o hospital Perrupato, onde diagnosticaram uma infecção geral que causou a sua morte – relata o Clarín.

O misoprostol é uma prostaglandina que faz com que o útero expulse o que há em seu interior. No caso de gravidez, faz com que a mãe perca o feto, o que pode causar sangramO Dr. Luis Durand, médico cirurgião argentino, explicou à mídia local que embora alguns afirmem que a morte da jovem poderia ter ocorrido por “negligência”, na realidade “o aborto não é uma prática médica. Até poucos meses atrás, para a lei argentina, era um ato criminoso”.

– Agora é um ‘instrumento legalizado’ para supostamente beneficiar uns e punir outros, e isso não é um ato médico, independentemente de ser legal ou não – declarou.

Lupe Batallán, líder do movimento pró-vida Guadalupe Batallán, lembrou que a causa da morte da jovem de 23 anos foi um “aborto legal”, por isso que “as feministas ficam quietas”.

Se María tivesse morrido na clandestinidade, as feministas estariam destruindo a cidade inteira, mas como María #MorreuPorAbortoLegal, e isso não lhes convém, ignoraram – destacou nas redes sociais.

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