A artista plástica rondoniense Edina Costa foi convidada para participar do Salão Internacional de Arte Contemporânea do Museu do Louvre, em Paris – o museu mais prestigiado e visitado do mundo!
Edina foi selecionada pela empresa Vivemos Arte e contará com a curadoria de Lisandra Miguel, cuja exposição será realizada no mês de outubro.
“Participar desse Salão é um sonho que se torna realidade”, afirmou a artista, que pinta obras realistas dedicadas à vida e às belezas da Amazônia.
Em entrevista ao portal “Rondônia ao Vivo”, ela contou que busca retratar “aquilo que vê e o que poderia ser”, como expressões e olhares dos indígenas, além da (riquíssima) fauna e flora da região amazônica. “Acredito que consigo despertar através das minhas obras a consciência de que devemos preservar a natureza”.
“Centralizo o ponto de luz, sombra bem marcantes e cores intensas. Utilizo pinceis de cerdas macias, uso a técnica óleo sobre tela. Cada obra leva em média de 15 a 20 dias para ficarem prontas”, explica.
Processo criativo
Edina ressalta que o seu processo criativo surge através de imagens do cotidiano ou de fotografias que recebe de amigos fotógrafos que adoram ver suas fotos retratadas por ela. “Meus amigos dizem que consigo retratar mais do que os olhos podem ver, que uno os olhos, a imaginação, o coração e a arte. Faço o croqui, insiro elementos importantes, os quais não estão na imagem original que acredito dar mais vida à obra, é uma viagem que faço dentro de mim”, diz.
A artista visual pontua ainda que foca sempre no realismo, gosta de pintar pequenos detalhes, pois acredita que isso dê mais vida a obra.
Ela é de Guajará-Mirim, município que faz fronteira com a Bolívia, mas desde a infância vive em Nova-Mamoré. Autodidata, Edina destaca que despertou para essa área em 1996, quando assistiu pela primeira vez o programa “Note e Anote” apresentado pela Ana Maria Braga, onde diariamente a apresentadora dava dicas de como produzir peças artesanais com materiais recicláveis. “Eu anotava tudo e depois tentava reproduzi-los, dentre eles cesta de jornal, bonecos etc, mas depois dei uma parada nessa atividade”.
Porém, o retorno se deu em 2008, quando surgiu o desejo de fazer peças artesanais. “Então comecei a bordar tecidos – pintava guardanapos e fraldas”.
O primeiro passo nas artes plásticas surgiu a partir de um sonho. “Em 2010 tive um sonho, no qual estava em um museu onde haviam vários quadros na parede um detalhe chamou-me atenção: as imagens retratadas nas obras se movimentavam. Acordei com aquilo na cabeça e pensava comigo mesma: como pode?”.
“Impossivel, surreal, aquele sonho despertou em mim o desejo de pintar quadros, mas eu não sabia qual material utilizar nem onde consegui-los. Foi então que tive a ideia de retirar os fundos das minhas gavetas e pintar com tinta de tecido, depois invernizava e logo em seguida pendurava na parede, aquilo me encantava eu ficava admirando, ainda sem acreditar que eu tinha feito aquela obra.”
O interesse dos amigos pelo seu trabalho, fez com que começasse a pesquisar quais materiais necessários para pintura em tela, “porém não encontrei produtos disponíveis na minha cidade, então pedi para um amigo comprar tintas óleos e as telas na capital do Estado. Comecei a pintar e vender, algum tempo depois surgiu o primeiro convite para uma exposição das minhas obras”, relembra.
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