A proposta é bem simples: juntar tampinhas para vender o plástico e, com o dinheiro, comprar cadeiras de rodas a serem doadas a quem precisa. A meta era ousada: são necessários 400kg de plástico, o que equivale a cerca de 195 mil tampas. Mas foi batida em 11 semanas. Tem mais: nas duas semanas seguintes o grupo, que só cresce a cada dia, já juntou mais tampinhas para comprar a segunda cadeira de rodas e a terceira está bem próxima.
O projeto Rodando com Tampinhas começou no dia 1° de janeiro deste ano, quando Márcia Dabul, 57 anos, conseguiu unir seu desejo de fazer algo pelo meio ambiente à vontade de ajudar os pacientes da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), que fica no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, nas proximidades de onde ela mora.
“Sempre passo por ali e vejo mães carregando crianças no colo já muito pesadas ou pessoas com muita dificuldade tentando se apoiar em bengalas. E sei que a ABBR tem uma fila de espera por cadeiras de rodas de mais de 300 pessoas”, diz Marcia.
Juntar tampinhas plásticas foi o mais simples que Marcia pôde pensar: a tampinha é um resíduo pronto, não precisa ser limpa e nem requer equipamentos para prensar ou empilhar. Além disso, qualquer pessoa é capaz de participar deste movimento de solidariedade, já que não é preciso ter dinheiro para comprar nada ou fazer doações. “Basta se abaixar e pegar uma tampinha na rua”, diz.
E é justamente esta simplicidade que tem unido pessoas de diferentes realidades, de crianças a idosos, como Dona Matilde, de 93 anos, que não só guarda todas as tampinhas que usa em sua casa como recolhe do chão, com a agilidade de uma adolescente, as que encontra pelas ruas de Madureira.
O primeiro pedido para juntar tampinhas foi feito na Igreja São José da Lagoa, frequentada por Márcia. Padre Omar, responsável pela paróquia, gostou da ideia e aderiu ao projeto. A igreja passou então a ser o ponto central de coleta.
Uma pessoa foi contando para outra sobre a campanha e, desta forma, o movimento contagiou gente de toda a cidade. “Vejo que as pessoas são solidárias e querem ajudar. Muitas vezes não podem contribuir com vaquinhas ou doações, mas elas viram na coleta de tampinhas uma chance de também participar”, diz Márcia.
Um exemplo é o lendário José ‘Xampu’, um hippie que vive no calçadão de Ipanema e sobrevive da venda de bijuterias, por ele confeccionadas. Vendo uma das voluntárias todos os dias recolhendo tampinhas ao fazer caminhada por ali, um dia ele a parou e entregou o primeiro saco que havia juntado.
Condomínios, escolas, quiosques, restaurantes, postos de gasolina. A coleta de tampinhas se espalhou de forma viral. A esta altura, já existem pontos de coleta em todas as regiões do Rio. Quer encontrar um deles e participar? Consulte os locais de arrecadação na página do Rodando com Tampinhas.
Ajudem no Merch:
escoladelucifer.com.br
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unebrasil.wixsite.com/livrolucifer
Luz p’ra nós!
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Luz pra nós!
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Luz pra nós!
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Admirável! Luz p’ra nós…
Luz pra nós
Luz para nós!!!
Luz p’ra nos
Luz P’ra Nós!