Efeitos colaterais dos Contraceptivos Hormonais

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O surgimento dos métodos contraceptivos foi um verdadeiro marco na história da medicina e possibilitou uma maior “liberdade” para milhões de mulheres ao redor do mundo. Coloquei a palavra liberdade entre aspas, porque essa foi a premissa de venda quando surgiu lá na década de 60, mas o anticoncepcional hormonal é uma barreira entre a mulher e ela mesma, calma que já vou te explicar.

Vamos falar primeiro sobre o que são considerados contraceptivos hormonais, são aqueles que compõe na sua fórmula algum hormônios sintético, seja progesterona e estrogênio ou apenas um deles, os mais comuns são as pílulas, injeções, DIU mirena entre outros. O uso dos anticoncepcionais pode causar efeitos colaterais variando de mulher para mulher, sendo alguns deles:

Inchaço

Facilmente confundido com acúmulo de gordura, o inchaço é causado por conta da retenção de água no organismo. Isso faz com que a o peso corporal aumente um pouco. Muitas mulheres sofrem com esse problema.

Dor de cabeça e náuseas

Dores de cabeça, enxaquecas e náuseas são comuns no começo do uso do medicamento, principalmente nas primeiras semanas. Mas podem se estender por período indeterminado.

Acne

A pele fica muito oleosa, criando o cenário ideal para o surgimento de cravos e espinhas. A queda de cabelo também pode ser um efeito colateral comum.

Alterações no humor

As flutuações no humor podem ocorrer em mulheres que fazem uso de pílulas com alta concentração de hormônios. Isso acontece porque a alta carga hormonal reduz a produção da serotonina, substância responsável pela sensação de bem-estar e prevenção da depressão.

Diminuição da libido

O ciclo menstrual feminino apresenta picos de alta libido e períodos onde ela se encontra mais baixa. Com a pílula, seu funcionamento é alterado e, além disso, causa a redução dos níveis de testosterona no organismo.

Trombose

O efeito adverso mais grave dos anticoncepcionais é, sem dúvidas, o surgimento da trombose. A composição hormonal das pílulas também parece ter influência sobre o risco de trombose. A minipílula, por exemplo, não acarreta em maior risco. Por outro lado, a novas pílulas com progestinas de 3ª geração, como a desogestrel ou o gestodeno, parecem apresentar um risco ligeiramente maior de trombose que as pílulas com progestinas de 2ª geração, como o levonorgestrel.

Sangramento de escape

Sangramentos escape, ou seja, perdas sanguíneas pela vagina fora do período menstrual, são o efeito colateral mais comum dos contraceptivos orais. Habitualmente, as pílulas com doses baixas de estrogênio são as que mais provocam sangramento de escape. O escape é comum em mulheres que fazem uso errado da pílula, normalmente quando esquece de tomar o medicamento.

Estes são alguns dos efeitos colaterais que se manifestam no corpo físico, além do que quando estamos fazendo uso do medicamente nós não menstruamos de verdade. Sim, o sangue que sai nos contraceptivos com intervalos não é sangue menstrual e sim uma hemorragia de privação.

Sobre os efeitos que não nos contam

Outro efeito importantíssimos e pouco comentado pela indústria farmacêutica é que o anticoncepcional interrompe a ligação direta da mulher com a ciclicidade. Nós somos cíclicas por natureza, o nosso ciclo não existe para nos causar dor ou doenças e muito menos é nojento. Ele faz parte das nossas necessidades biológicas, assim como fazer xixi e evacuar. É uma forma de limpeza do corpo. A nossa potência está na nossa capacidade de morrer e renascer mensalmente. Quando você se permite viver o ciclo de forma natural, você se reconecta com você mesma e com a sua verdadeira essência.

O ciclo menstrual pode ser indolor sim, muitas mulheres já estão vivenciando esse resgate. Se você está usando como argumento que você tem SOP, endometriose, mioma ou qualquer outra doença, te digo que o anticoncepcional NÃO trata nenhuma doença, sua única e exclusiva função é evitar a gravidez. Já parou para pensar como é arquitetado em nós mulheres que parar de menstruar é a solução? Sendo assim, logo assimilamos que menstruar é doença ou nos adoece. E isso não é verdade!

Uma mulher que menstrua e mais que isso, percebe o seu ciclo menstrual como ferramenta de autoconhecimento, está conectada com o seu poder pessoal, está consciente de si mesma e sua potência. Sendo assim, ela acaba sendo uma ameaça para a sociedade patriarcal. Se você opta por se proteger dessa forma, é importante que você faça isso consciente dos prós e contras, assim realmente é uma decisão justa e verdadeira.

É preciso desconstruir crenças relacionadas não só a menstruação, mas também a fertilidade da mulher. A maioria opta pelo remédio com medo da gravidez. Isso acontece, porque não aprendemos a conhecer o nosso corpo. Mensalmente recebemos todos os sinais quando estamos férteis. Basta se observar e se conhecer. Nosso corpo foi programado para ser cíclico, basta se conhecer.

De acordo com a revista Galileu

Um novo estudo publicado na revista Fron tiers in Neuroscience traz evidências que uma das implicações do uso da pílula anticoncepcional é de prejudicar o reconhecimento de emoções em mulheres que a utilizam. Para o estudo, as participantes tiveram de identificar algumas emoções humanas. De acordo com os pesquisadores, as mulheres que estavam sob efeito da pílula anticoncepcional tiveram dificuldade na hora de reconhecer algumas das emoções que lhe foram dadas. Chamado de “’Reading the Mind in the Eyes” (Lendo a mente nos olhos, em tradução livre) o teste consiste em testar a habilidade de identificar algumas expressões em imagens preto e branco, variando entre as mais fáceis e difíceis. Depois, os pesquisadores notaram que as mulheres que faziam uso do contraceptivo regularmente eram quase 10% piores no teste com imagens mais complexas.

Como você pode perceber os efeitos são muitos e a desconstrução para uma vida sem hormônios é grande. Mas acredite no final das contas vale a pena.

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