‘Sou uma jovem de 90 anos’

Dri 11
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‘Sou uma jovem de 90 anos’

Neuza (à esquerda) com 20 anos, em 1950, durante experimento no curso de História Natural da USP; à direita, 70 anos depois com o mesmo ímpeto pelos estudos Foto: Neuza Guerreiro de Carvalho

É assim que Neuza Guerreiro de Carvalho se define. Mantendo com firmeza suas atividades acadêmicas na pandemia, ela se formou em História Natural (atual Ciências Biológicas) na Universidade de São Paulo (USP), em 1951, e decidiu voltar 54 anos depois, em 2005, por meio do projeto para terceira idade USP 60+, no qual fez mais de 50 cursos semestrais até 2015.

De lá para cá, ela coordena um curso de Memória Autobiográfica para idosos, hoje ministrado online devido ao novo coronavírus.

“Fazemos as aulas no Zoom e Google Meet. Está sendo um sucesso, com nenhuma falta dos participantes”, diz ela. “Domino bem o que preciso [de tecnologia]. Tudo é questão de interesse, necessidade, curiosidade em estar atualizada. Com o uso dessa modernidade, aumentei meu vocabulário em pelo menos 100 palavras.”

O médico e coordenador do USP 60+, Egídio Dorea, explica que uma virtude comum dos 3,5 mil idosos que participam do programa é a resiliência. Nas aulas presenciais da Universidade de São Paulo, é comum entre as pessoas da terceira idade sentar na frente, participar mais das aulas que os jovens e entregar atividades no prazo por livre e espontânea vontade. Além disso, a maioria interage mais com os professores, de uma forma alegre e informal.

“Mesmo na pandemia, eles continuam presentes, dando sugestões e comentando todas as atividades que publicamos. Essa postura nos estimula a estarmos sempre procurando maneiras de ajudá-los a manter a qualidade de vida nesta quarentena”, afirma Dorea.

A dedicação não vem à toa: não existe a palavra ‘parar’ no vocabulário desses idosos. Mesmo tendo que se reinventar duas vezes na velhice — primeiro voltando à faculdade e depois se adaptando ao estudo a distância —, a vontade de se sentirem produtivos fala mais alto.

“Só vou parar quando morrer. Mas acho que nem aí eu paro, porque doarei meu corpo para estudos [científicos]. Vou continuar sendo útil”, diz Neuza.

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