Estudantes criam absorvente biodegradável com amido e bucha vegetal

Cássia 20
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Assim como canudinhos, sacolas, garrafas e outros plásticos que demoram séculos para serem degradados, os absorventes são altamente poluentes. Antenadas com a questão, quatro estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Conselheiro Antônio Prado, de Campinas, em São Paulo, desenvolveram o Bio Abs – uma alternativa sustentável aos absorventes femininos.

O projeto é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de alunas do terceiro ano do curso técnico de Meio Ambiente integrado ao Ensino Médio. Com essa inovação, elas participaram também do Prêmio Inovar Solvay Rhodia e conquistaram o segundo lugar.

Impacto

Segundo pesquisa realizada pelas estudantes, o absorvente tradicional tem 90% de plástico em sua composição, além de aditivos químicos que demoram até 100 anos para se decompor.

Só para se ter uma ideia do potencial de contaminação ambiental, estima-se que cada mulher usa, em média, 11 mil absorventes ao longo da vida. Por aí, é possível imaginar o volume que é descartado diariamente.

Uma das boas notícias, percebidas ao longo do trabalho, é que as pessoas estão se conscientizando e adotando novas versões de absorventes. Pesquisa feita com 153 alunas consumidoras de absorventes mostrou que 83% usariam uma versão biodegradável do produto, 17% talvez usassem, mas ninguém respondeu que não usaria.

O TCC destacou ainda a adesão aos novos tipos de absorventes disponíveis, como o coletor de silicone e a calcinha absorvente.

Bio Abs: zero plástico

O absorvente feminino biodegradável Bio Abs substitui o plástico por tecido 100% algodão e a camada interna de gel por um polímero biodegradável, feito à base de amido de milho e bucha vegetal.

Os testes realizados confirmaram que a matéria-prima natural cumpre a mesma função de absorção que o produto convencional. Os conservantes químicos para aumentar a durabilidade e evitar odores também foram substituídos por substâncias naturais como óleo de alecrim (Rosmarinus officinalis) e ácido cítrico, que possuem as mesmas ações bactericidas e fungicidas da fórmula convencional.

Outra grande vantagem está no tempo de decomposição estimado entre três e seis meses.

“O objetivo das alunas de desenvolver um produto sustentável que garantisse conforto, segurança e biodegradabilidade foi plenamente atingido. O Bio Abs possui excelente maleabilidade e absorção, além de um processo rápido de decomposição”, afirma a professora Erica Gayego, uma das orientadoras do TCC.

Entrave no custo

A educadora ressalta que o produto ainda é um projeto-conceito e demanda novas etapas para aperfeiçoamento. Entre os ajustes possíveis, ela menciona, por exemplo, a necessidade de reduzir o custo de produção. Para o TCC foram produzidas setes unidades e cada uma delas custou R$ 15,60.

O barateamento do produto foi discutido pelo grupo durante a exposição do TCC e a conclusão foi que a produção em escala e a compra de matérias-primas em grandes quantidades podem reduzir bastante o custo do absorvente biodegradável.

O TCC foi desenvolvido pelas estudantes Alexa de Oliveira, Aline Enokawa, Clara Harumi e Flora de Andrade, com orientação das professoras Erica Gayego e Flávia de Almeida.

 

Fonte

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