Produzindo alimentos no quintal, moradora do Piauí vira referência gastronômica

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gastronomia piauí

Maria Perpétua Socorro Macedo do Nascimento, de 31 anos, moradora do interior do Piauí, vem se tornando uma referência na gastronomia dos quintais no Semiárido. Ela capacitou 26 jovens de seis estados do Nordeste na arte de elaborar releituras da culinária tradicional com ingredientes locais dos quintais produtivos das famílias rurais. Além de contribuir para a segurança e qualidade alimentar, a gastronomia de quintal contribui para resgatar, manter e divulgar valores e tradições locais.

A experiência de Perpétua se transformou no livro “Gastroquinta: comida do quintal para a mesa”, do Programa Semear Internacional, parceria entre o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Projeto Viva o Semiárido.

O livro promove os princípios da agroecologia e da ecogastronomia ao estimular os debates sobre a importância dos quintais produtivos para a alimentação das famílias rurais, da comida afetiva elaborada com ingredientes do Semiárido e dos hábitos fundamentais à segurança alimentar e nutricional.

A versão eBook está disponível para download gratuito.

Para Perpétua, as mulheres no campo têm um papel muito importante na melhoria da alimentação local com suas práticas agroecológicas, como uso e venda de produtos agroecológicos, criação de receitas com alimentos cultivados nos seus próprios quintais e arredores de casa e o resgate da cultura e da ancestralidade mantida no ato de plantar, colher, comer e doar.

Como surgiu o termo “Gastroquinta” ?

O batismo do nome “Gastroquinta” aconteceu depois que um grupo de jovens percebeu que 90% dos insumos das receitas mais executadas no sertão do Piauí estava vindo dos próprios quintais produtivos das mulheres da região. A ideia era encontrar um conceito que pudesse representar essa criação de cardápios inovadores a partir dos alimentos nativos e produzidos pelas comunidades locais. E com o objetivo final de disseminar o termo e, principalmente, a prática que estimula vida saudável e a solidariedade.

Para os jovens, esse tipo de gastronomia resgata um antigo costume no meio rural, que é a troca de produtos entre os moradores. O que uma família não tem, a família vizinha possivelmente terá. Para elaborara as receitas do livro, foi necessário comprar apenas açúcar. Todos os demais estavam nos quintais das comunidades rurais.

É importante lembrar que um dos princípios da “Gastroquinta” é estimular o uso de alimentos agroecológicos, uma vez que os quintais não usam agrotóxicos, diminuindo os riscos à saúde e ao meio ambiente.

 

 

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