Livro das Mil e uma Noites

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Traído pela esposa, o sultão Shariar, o Rei da Pérsia da dinastia dos Sassânidas (3 d.C a 7 d.C) decide se casar com uma dama a cada manhã e matá-la após as núpcias, na manhã seguinte, de forma que ele nunca mais seria traído. Sherazade, uma das mulheres, implora ao pai a permissão para se casar com o Rei e com isso defender o Reino da Pérsia de tamanho pesar. Ela escapa da morte contando uma nova história ao marido por 1001 noites.

Sherazade, ao chegar na presença do Rei, pede-lhe que permita a vinda de sua irmã, para despedir-se. Ele permite, e Duniazade, vem ao palácio e instala-se na câmara nupcial. Duniazade pede à irmã que conte uma história para passar o tempo, como elas haviam combinado antes do casamento. Sherazade, com a permissão do sultão começa então a contar a extraordinária “História do mercador e do gênio“ mas, ao amanhecer, ela interrompe o relato, dizendo que continuará a narrativa na noite seguinte.

O Rei, curioso com o maravilhoso conto, não ordena sua execução para poder saber o final da história na próxima noite. Assim, repetindo essa estratégia, a mulher consegue sobreviver noite após noite, contando histórias sobre os mais variados temas, desde o fantástico e o religioso até o heroico e o erótico.

Os contos de Scherazade são considerados uma compilação de histórias da tradição oral dos povos da Síria, Pérsia, Índia, e até mesmo Egito e Grécia. Porém estudiosos sustentam que o livro pertence à cultura letrada, e seu autor permaneceu anônimo. Sua datação é polêmica. Considera-se que a primeira versão conhecida seja o livro persa Mil Lendas, de 850, mas a história como o Ocidente a conheceu tomou forma entre os séculos 13 e 14. A primeira tradução ocidental é do francês Antoine Galland em 1704.

Conhecemos esta obra no Ocidente com um “toque” mais árabe, e através de algumas histórias particulares muito conhecidas, como: O Aladim e a Lâmpada Maravilhosa e Ali Babá e os Quarenta Ladrões. O livro representou a principal tradução do mundo árabe para o imaginário ocidental, com seus sultões, princesas e palácios, já que os contos retratam a vida e o cotidiano daquela época histórica.

Simbologias

Ao fim de inúmeras noites e contos, Sherazade já havia tido três filhos do Rei, e lhe suplicou que a poupasse, por amor às crianças. O Rei, que há muito havia se arrependido dos seus atos passados perdoa-lhe a vida e faz dela sua Rainha definitiva. Com isso, finalmente o Reino da Pérsia teve Paz.

Como se a mulher fosse um caminho pelo qual Shariar devesse percorrer, o da Sabedoria, para levá-lo para bem longe de sua dor inicial.

O Livro das Mil e Uma Noites, em sua origem mais remota conta com aproximadamente 282 contos e não 1001 como o nome sugere. Este número é simbólico para retratar a ideia de grande quantidade, de infinidade e ainda de início e fim de um ciclo.

Sherazade iniciou um novo patamar de consciência, para que Shariar pudesse alcançar o final de sua vida e finalmente vivessem unidos, o que pode representar a União do homem em direção a sua Alma imortal, para descobrir o que há de mais profundo em seu interior. Portanto, cada conto relatado a noite (oculto, mistério) seria uma parte do percurso, somando experiências e sensações, de forma que cada personagem e momento seria um arquétipo universal.

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