O pesquisador Leszek Gardela, da Universidade de Bonn, na Alemanha, examinou os restos mortais de uma guerreira enterrada em cemitério Viking, na ilha dinamarquesa de Langeland. No entanto, após inspeções, Gardela descobriu que a mulher não era uma combatente viking, mas sim uma guerreira eslava.
A mudança do grupo ao qual pertencia a mulher se deu pelo tipo de machado que a acompanhava. Ao invés de uma típica arma Viking, o objeto na verdade era de estilo eslavo. “Até agora, ninguém prestou atenção ao fato de que o machado no túmulo vem da área do sul do Báltico, possivelmente a Polônia de hoje”, afirmou Gardela em publicação.
De acordo com Gardela, na época medieval, o território da Dinamarca estava repleto de eslavos e escandinavos lado a lado, e o estudo sugere uma maior presença de guerreiros eslavos do que se pensava anteriormente. Mas, apesar de bem preservados, os restos mortais da guerreira não permitem determinar a causa da morte, devido à ausência de lesões aparentes.
A novidade faz parte do estudo intitulado Amazonas do Norte, que se concentra em sepultamentos na Dinamarca, Noruega e Suécia. A inspiração para o projeto veio de antigas “lendas” islandesas que descreviam as poderosas mulheres Valquírias.
Até agora, 30 sepulturas femininas foram encontradas. “Existem muitas mulheres guerreiras – elas participaram de expedições em plena marcha, e até comandaram exércitos inteiros para atacar”, afirmou Gardela.
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