Professora autista cria método para alfabetizar em 6 meses

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A professora Gisele Nascimento, hoje com 38 anos, teve diagnóstico tardio de autismo e até lá sofreu com dificuldade de interação, falta de amigos, comentários preconceituosos e ficou sem falar dos 7 aos 8 anos de idade.

A família não sabia que ela tinha grau leve de autismo, apenas que era uma criança muito inteligente. Aos 4 anos Gisele começou a demonstrar interesse por livros, que o pai, um estivador, comprava em um sebo perto do cais do porto de Niterói, no Rio de Janeiro.

A menina passou a “devorar” os livros de forma autodidata, sem nunca ter ido à escola. Aos 5 anos ela também começou a ler em inglês e não parou mais. Quando completou 10 anos, já dominava seis idiomas: inglês, alemão, francês, italiano, espanhol, além do português.

Graduações

A professora – que ficou conhecida em 2014, depois de uma reportagem do jornal OGlobo – conversou com o SóNoticiaBoa e disse como está a vida dela hoje.

‘Continuo morando no Rio de Janeiro. Continuo na Prefeitura Municipal de Itaboraí e Maricá. Também atuo na UFABC nas Especializações como Professora Formadora- Orientadora de TCC.  Sou Pós- Doutoranda em Ciências e Biotecnologia pela UFF. Sou formada em Ciências Biológicas, também”, afirmou.

Eu dou aulas particulares. Faço Atendimento Educacional Especializado, agora [na pandemia], remotamente”, disse Gisele.

A professora revela que, no início, quando começou a lecionar, omitiu o fato de ter autismo para evitar o preconceito.

Alfabetização em 6 meses

Ela desenvolveu uma técnica eficiente de alfabetização, com métodos específicos, que pode ser usada por qualquer aluno e pode alfabetizar em 6 meses.

“Em casos de autismo de grau leve, finalizo o processo de alfabetização em seis meses. Eles aprendem, por exemplo, por métodos específicos, são extremamente visuais. Precisam de tempo para ver a imagem e associá-la à palavra, tanto escrita quanto ao fonema”, diz.

Os alunos aprendem brincando e recebem recompensas.

“É preciso brincar, lidar de forma lúdica. Além disso, as recompensas têm papel fundamental no reforço do aprendizado (dependendo de cada caso). Premiar pequenas vitórias com peças de brinquedos, fichas e doces as mantêm estimuladas e motivadas por mais tempo”, contou a professora ao OGlobo.

A maior paixão dela é dar aulas para crianças e adultos com necessidades especiais.

E tudo começou na Escola Municipal Clara Pereira, no Rio. Gisele tinha uma turma mista de alunos com idades entre 9 e 27 anos, que têm transtornos diversos: autismo, Síndrome de Down, deficiência intelectual e superdotação.

Pelo reconhecimento do trabalho, ela foi convidada para participar do primeiro curso de formação de professores da Clínica-Escola do Autista, em Itaboraí, primeiro local público do país a oferecer atendimento multidisciplinar gratuito para autistas.

 

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