A história da psiquiatra Juliana Sudário com a Cannabis medicinal começa no lugar de paciente, nutria um grande preconceito contra tudo que se relacionava à planta, até que a dor chegou.
“Em 2020, eu acabei tendo algumas crises. Um período extenso de dor que eu fiquei paralisada por três semanas. Não conseguia falar, não conseguia comer, tomar banho. Enfim, não fazia absolutamente nada sozinha”, lembra.
“Comecei a procurar vários médicos e fui diagnosticada com fibromialgia. Era um nível de dor incomum. Não dormia mais. Conseguia por 30 minutos, acordava e falava: ‘meu Deus, como vou sobreviver nas próximas 23 horas e 30 minutos’. Eu pensei em me matar, porque já não aguentava mais.”
O tratamento convencional atenuou de forma leve o sofrimento, mas longe de ser o suficiente. “O médico prescreveu umas sete medicações alopáticas para conseguir dormir e sair da crise. A dor foi do nível dez para o sete. Eu fui dopada, mas comecei a fazer exercício físico, melhorar a alimentação e sair um pouco do quarto, mesmo com a dor.”
Superando o preconceito
Sua qualidade de vida ainda estava longe do ideal. Partiu de seu marido anestesista a iniciativa de pesquisar por alternativas. “Foi um desafio tanto para mim quanto para ele. Uma pessoa que trabalha tirando dor dos outros não conseguiu tirar minha dor.”
A situação começou a mudar quando ele apareceu com um vidro com óleo de canabidiol isolado. Como a dor não deixa muito espaço para preconceitos, Sudário decidiu tentar.
“O CBD fez meu sono melhorar, mas não ajudou com a dor. Não tinha THC nesse óleo e, para a dor, eu precisava do THC. Na época, não tinha muita opção de óleo 1 (de CBD) para 1 (de THC), e busquei em uma associação.”
A experiência foi transformadora. “Comecei a usar o óleo e as minhas dores realmente desapareceram. Não foi instantâneo. Depois de uns cinco, seis meses, que essas dores começaram a desaparecer e a chave virou.”
“Eu olhei para aquilo e falei: ‘como tiraram isso da gente? Como mentiram, enganaram?’ Foi a única coisa que me tirou da crise. A alopatia me levou de dez (na escala de dor) para sete. O que me levou a zero foi o óleo. Foi o que me salvou e, a partir daí, pensei que não podia deixar os meus pacientes sem acesso. Preciso levar isso para os meus pacientes.”
Cannabis e a psiquiatria
Antes da Cannabis, e mesmo as dores chegarem, Sudário já estava em crise, mas com sua profissão. Cursando pós-graduação em psiquiatria, vivia um dilema, pois, por experiência pessoal, criou ressalvas com os tratamentos convencionais à disposição.
Em 2016, desenvolveu um quadro de depressão e deu início ao tratamento. “A psiquiatra me passou muitas medicações. Muitas!”, conta. “Ao invés de resolver um problema, me arrumaram outros.”
“Eu não tinha problema com peso, mas me arrumaram. Tive que lidar com outros problemas depois disso. Foi uma fase que, ao invés de tentar melhorar a minha vida, pioraram. Eu não posso ser esse tipo de psiquiatra. Não posso fazer isso com os meus pacientes.”
Com a Cannabis medicinal, se reencontrou na psiquiatria. “Eu preciso dela porque não quero prescrever só alopatia. Quero prescrever medicina natural. Às vezes, medicina natural não vai funcionar e vou precisar da alopatia, mas o óleo é sagrado. Funciona na grande maioria das vezes, então vou por esse caminho”, pensou na época.
“As pessoas que precisam da medicação convencional. O que eu não sou a favor é do uso indiscriminado da alopatia”, explica Sudário. “Em crises, ela é extremamente necessária. Eu não consigo tratar um bipolar só com óleo de Cannabis, por exemplo. Eu preciso dar alopatia, então ela é necessária até certo ponto. O problema é que a gente faz um uso indiscriminado.”
“90% de resultados positivos”
Conforme deu início à prescrição, foi ganhando ainda mais confiança nas propriedades medicinais dos fitocanabinoides. “Fui com muito medo com a minha primeira paciente. Muita preocupação”, revela.
“Depois foram surgindo mais pacientes. Por indicação, porque eu ainda não divulgava esse meu trabalho. Foi surgindo, surgindo e hoje a minha agenda está fechada até novembro.”
Há quase dois anos prescrevendo, tem em pacientes com depressão, ansiedade insônia, dor crônica e fibromialgia os casos mais comuns. “Eu tenho 90% de resultados positivos, mas o meu tratamento não é só Cannabis. O paciente comigo tem que mudar por completo a vida dele. Muda os hábitos alimentares, faz exercício físico, tem que fazer terapia.”
“Eu exijo isso do paciente. Os 10% dos pacientes que não melhoram, é porque inconscientemente não querem melhorar. Não mudam alimentação, não fazem exercício físico, terapia. Eles acreditam que querem melhorar, mas eles realmente não querem.”
“Fui primeiro julgada para depois me aceitarem”
Depois de tudo, mesmo com períodos de intenso sofrimento, Sudário agradece sua trajetória. “Foi minha história que me levou a estar onde estou hoje. Por isso que eu cheguei a psiquiatria. Eu não queria ser como os outros psiquiatras e foi através da fibromialgia que eu cheguei no óleo de Cannabis e hoje eu sinto que foi um presente na minha vida.”
“Eu não eu não olho pra pro problema que eu tive como algo ruim, mas como algo muito positivo, porque me deu luz sobre muita coisa. Precisei ficar doente para acreditar na medicina canabinoide. Infelizmente, porque se fosse por outro caminho, talvez eu não acreditasse. Talvez eu fosse igual a maioria dos psiquiatras.”
Hoje, a psiquiatra irradia a mudança proporcionada pela Cannabis. “Grande parte da minha família toma. Inclusive quem está fielmente na igreja. Eles viram o resultado. Viram a melhora das pessoas. Eu fui primeiro julgada para depois me aceitarem e é só assim, por meio do exemplo, que a gente vai realmente conseguir mudar as crenças limitantes.”
“Eu coloco a minha cara a tapa. Pode bater porque é nisso que eu acredito. Brigo por tudo em que acredito e não me importo de ser julgada. è por acreditar que eu brigo pela Cannabis.”
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Bom saber que os médicos estão saindo do padrão de receitar remédios e buscando alternativas naturais para os tratamentos. Luz p’ra nós!
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Muito bom!🙏
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