“Computadora humana” de Harvard, Henrietta Swan Leavitt marcou a história da astronomia moderna ao identificar cerca de 2.400 estrelas por meio de uma técnica autoral. Estudiosa das chamadas chapas fotográficas, ela utilizou esse método para ampliar a capacidade de medição da ciência durante os anos de 1907 e 1921, colaborando com as principais teses sobre a expansão contínua do universo.
Leavitt nasceu em 4 de julho de 1868 e foi educada no Radcliffe College, instituição educacional afiliada de Harvard. Apesar de mostrar potencial para o estudo do cosmos, a promissora cientista foi empregada pelo Observatório Nacional apenas em 1907, quando Edward Charles Pickering assumiu a direção e estimulou a contratação em peso de dezenas de mulheres, em uma época onde poucas trabalhavam fora de suas casas.
Nos primeiros anos de ofício, a astrônoma analisava chapas fotográficas e recebia menos do que um homem em sua mesma função. Porém, pouco tempo depois, ela foi deslocada para a equipe de observação das estrelas e se tornou uma das principais responsáveis por estudar o brilho dos astros luminosos. Para isso, ela sobrepôs placas para entender como ocorriam as mudanças de luminosidade a partir das exposições dos materiais, e acabou registrando as chamadas “Variáveis Cefeidas”, batizadas em homenagem à constelação de Cefeu.
Dessa forma, Leavitt descobriu que, independente de onde estejam localizadas, algumas estrelas possuem brilho consistente e possibilitam uma medição mais precisa de sua distância até a Terra. Nas palavras de George Johnson, autor do livro Miss Leavitt’s Stars (2005), a cientista “descobriu como medir o universo”, mas acabou recebendo pouco crédito por esse feito e viu seu chefe de departamento, Pickering, assumir a responsabilidade como autor da descoberta.
“Pouco se sabe sobre os sentimentos pessoais de Henrietta Leavitt sobre a maneira como ela foi ultrapassada”, escreveu a Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis (AAVSO).
“A personalidade dela era tímida e um tanto despretensiosa, e as mulheres daquela época, em um mundo mais justo, seriam respeitadas como iguais por seus pares do sexo masculino. Elas muitas vezes se resignavam a assumir um papel menor, e muitas vezes ficavam apenas silenciosamente gratas por receber qualquer tipo de função.”
O legado deixado por Henrietta Swan Leavitt
Antes de Leavitt formular a tese definitiva sobre o grau de luminosidade e o período das estrelas, esse cálculo ocorria a partir de uma observação geométrica, analisando o deslocamento do corpo celeste e sua angulação em relação à Terra. Surpreendentemente, as observações da cientista ampliaram a capacidade de medição em quase 200 vezes, saindo de 100 mil anos-luz para 20 milhões de anos-luz de distância.
Posteriormente, logo depois da morte de Leavitt em 1921, o lendário físico e astrônomo Edwin Hubble utilizou a tese da expansão contínua do universo para medir a distância da galáxia mais próxima da Terra: a Andrômeda (M31). O alcance de 2,5 milhões de anos-luz deixou claro que a galáxia estava muito além dos limites da Via Láctea e comprovou a existência de outros sistemas gravitacionais.
A técnica das “Variáveis Cefeidas” é aplicada até hoje pelo telescópio Hubble. Em relação ao legado de Leavitt, ela foi indicada pela Academia Sueca de Ciências para o Prêmio Nobel em 1924 — três anos após sua morte —, mas foi impedida de participar da cerimônia por “não existirem” concessões póstumas.
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