Ser reconhecida como uma das crianças mais inteligentes do mundo é um feito considerável. Mas, na segunda vez, a conquista tem um gosto ainda mais especial. Esse é o sentimento que atravessa a estudante Nicole de Oliveira Lima Semião, de 12 anos: a menina-prodígio representará novamente o Brasil na cerimônia de premiação do Global Child Prodigy (GCP) Awards, que ocorre em Londres, no fim de junho.
Nicole será laureada na categoria “Ciências Espaciais e Astronomia”, fruto de seu trabalho de observação e mapeamento dos astros. Em 2023, já havia recebido o troféu em Dubai, sendo a única premiada na categoria “Astronomia Mundial”.
“É uma emoção muito grande, principalmente porque é a segunda vez. Quando eu recebi a notícia, comecei a pular de felicidade lá em casa. Não sei nem como descrever”, relembra em entrevista ao Diário do Nordeste.
Os prêmios decorrem de uma carreira curta, mas já consolidada. Com apenas 7 anos, Nicole passou a detectar asteroides inéditos (já foram mais de 40) e foi considerada a mais jovem astrônoma amadora do mundo. Hoje, é embaixadora mirim da Popularização da Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mctic) e do Asteroid Day.
Paixão pelo Universo
Alagoana de nascimento, Nicolinha (como é conhecida nas redes sociais) se mudou com a família para a capital cearense há cerca de quatro anos, após conquistar uma bolsa de estudos para se preparar para um curso futuro no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Hoje, ela estuda na Organização Educacional Farias Brito, em Fortaleza.
O céu sempre fascinou a menina. Quando ela tinha apenas 2 anos, pediu uma estrela de aniversário. Aos 7, ganhou um telescópio. De lá para cá, sua paixão pelo estudo dos astros só cresceu e deu-lhe visibilidade não só no Brasil, mas em jornais, revistas e sites de vários países.
“Fiz meu primeiro curso aos 6 anos, mas acho que desde os 2 anos, que eu já olhava as estrelas, a astronomia foi tomando conta de um espaço muito grande no meu coração”, confessa.
A curiosidade pegou a família de surpresa, como lembra a mãe, Zilma Semião. A artesã explica que nem ela, nem o pai de Nicolinha, que é analista de sistemas, tinham conhecimento sobre astronomia.
Os dois foram pesquisar para tentar entender o universo da filha.
“Ela não fazia questão com bonecas e sempre que a gente dava as bonecas ela fazia as bonecas de astronauta”, diz.
A rotina de divulgação científica, tanto pela internet quanto por palestras presenciais, se divide com uma rotina intensa de estudos: além do tempo regular, ela tem aulas extras de Olimpíadas da escola.
Contudo, Nicolinha não deixa o lazer de lado.
“Eu sempre tenho aquele momento para me divertir. Gosto de cantar, de ler livros, fazer várias coisas”, resume.
Viagem em Dubai
A jovem relembra a conquista anterior, cuja emoção deve repetir em breve. Em 2013, ela e a mãe enfrentaram 14 horas de viagem de Fortaleza a Dubai. Na capital dos Emirados Árabes, se encantou pela beleza e grandiosidade dos prédios, mas se assustou com a temperatura. “Mais quente do que aqui no Ceará”, conta.
Dessa vez, a viagem de Nicole e Zilma será compartilhada com o cearense João Pedro Araújo e a mãe Sarah Araújo. O jovem de 12 anos também será reconhecido como um dos 100 jovens prodígios do mundo.
Os pequenos gênios se tornaram amigos por frequentar os mesmos eventos e o ambiente escolar. A dupla gosta de brincar vôlei e basquete, jogam videogames juntos e trocam conhecimentos.
“Ela me ensina astronomia, eu ensino matemática e física”, conta João Pedro.

Além da amizade, os dois se apoiam em busca do mesmo objetivo: servir de exemplo para outras crianças.
“Mesmo sendo a segunda vez que ela ganha essa premiação, o importante para Nicole é que mais crianças participem, que mais crianças venham. Na vez anterior, só tinha ela de brasileira. Esse ano são sete”, explica a mãe.
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