“Mães de hoje estão estressadas em níveis nunca vistos antes”, diz autora de livro sobre maternidade publicado em 1986
A jornalista britânica Libby Purves defende “mais humor, mais humanidade e menos julgamentos sobre a vida familiar das mulheres”
Autora do livro Como não ser uma mãe perfeita, publicado na Inglaterra em 1986, a jornalista britânica Libby Purves acredita que nunca antes foi tão estressante ser mãe. Em um relato publicado pelo jornal Daily Mail, Libby analisou que, além da difícil tarefa de criar uma criança, as mulheres de hoje em dia ainda precisam lidar com a pressão de ter uma “carreira exemplar”, enquanto são bombardeadas por fotos de “mães perfeitas” nas redes sociais.
A EXAUSTÃO MATERNA É UMA REALIDADE EM DIVERSOS PAÍSES (FOTO: FOTO DE KEIRA BURTON NO PEXELS)
“As mães de hoje estão permanentemente super estressadas. Em níveis, eu diria, nunca vistos antes”, afirmou Libby. Quando escreveu seu livro, na década de 80, a autora já tinha percebido que existiam “expectativas impossíveis” para as mães da época, que não permitiam que elas tirassem um tempo apenas para si mesmas. “Parecia que a felicidade de uma mãe estava tão longe na lista de afazeres que tinha caído em esquecimento”, analisou.
Olhando para trás, percebo que a mensagem central era de que com amor, atenção razoável e cuidados básicos de saúde e segurança, as chances são de que você esteja indo bem como mãe. Então, como é que as coisas estão ainda piores agora?, questionou a autora.
Para ela, a resposta é simples: a ascensão das redes sociais.
Enquanto, antigamente, era fácil rir da ideia de uma mãe perfeita – como as que apareciam em comerciais de TV – nos dias atuais é comum nos depararmos com imagens de “mães ideais” na internet. “Em um mundo de Instagram e Facebook, assim que uma mãe tiver um momento para dar uma olhada em suas mídias sociais, sua sensação de cansaço só será aumentada por uma série de imagens cuidadosamente selecionadas: famílias rindo se divertindo juntas, alimentadas por refeições nutritivas, casas com almofadas fofas e belos enfeites, legendas mostrando gratidão”, ressaltou.
O que mexe ainda mais com a autoestima das mães é que esse tipo de postagem não vem apenas de pessoas ricas e famosas: muitas vezes, quem compartilha as fotos são pessoas comuns, conhecidas do dia a dia. “O resultado é que você se sente inadequada, desorganizada e, especialmente, fracassada como mãe. Pelas imagens de ‘perfeição familiar’ que vejo nas redes sociais, fico muito feliz porque isso não existia quando eu era uma jovem mãe”, desabafou Libby.
Além disso, as mães atuais ainda precisam lidar com a pressão de cuidar da casa, da família, da própria aparência e ainda ter um emprego de sucesso. “Quando escrevi meu livro, muitas mulheres tinham alguma flexibilidade financeira na quantidade de trabalho que tinham que fazer. Agora, é claro, a maioria das famílias precisa de duas rendas para sobreviver”, analisou.
“Hoje em dia, espera-se que as pessoas tenham uma ‘marca’ de trabalho, no LinkedIn ou em outros sites, e por causa das mídias sociais todo mundo está assistindo, pensando que você é um perdedor profissional se sua ‘marca’ não continuar a crescer. Para aquelas mulheres que avançam em suas carreiras, as pessoas provavelmente estão murmurando ‘e os filhos dela?’. A mulher perde dos dois jeitos”, continuou.
Por todos esses fatores, as mães dos dias atuais se sentem muito mais sufocadas do que as mulheres de antigamente – que também já estavam sobrecarregadas. “Precisamos de mais humor, mais humanidade e menos julgamentos sobre a vida familiar das mulheres. Precisamos que os pais também assumam a responsabilidade. As mães precisam se sentir livres para relaxar um pouco e confiar em seus parceiros para cuidar das crianças. Precisamos rir de nós mesmas, gentilmente. Não devemos deixar que a nova geração de meninas, crescendo e se apaixonando, tenha medo das pressões da perfeição e se pergunte se algum dia estarão à altura dos altos e impossíveis ideais da maternidade perfeita”, concluiu a autora.
Fonte: Crescer|ImagemCapa:BlogGraodeGente
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Lpn!
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O “fardo” de criar os filhos acaba recaindo muitas vezes principalmete para mães. Rogo a Deus para que qndo esse dia chegar eu tenha sabedoria para dividir esse momento de forma equilibrada e justa. Luz pra nós!
Lpn ✨