Helena Blavátsky, a ocultista do seculo XX

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Olá Mestres, alunos e visitantes!

Com já ouvimos em alguns podcasts comentários do Bob e o Leandro falando sobre Helena Blavátsky, Venho trazer um pouco sobre a história e curiosidades sobre essa grande bruxa, considera no seculo 20 uma famosa escritora filósofa, responsável pela sistematização da moderna Teosofia, cofundadora da Sociedade Teosófica e Ocultista.

Helena Patrovna Hahn Fadéef nasceu em Ekaterinoslav, Russia; em 30 de julho de 1831. Era filha de Pedro Hahn da família Macklenburg e de Helena Fadéef, família nobre que lhe concedeu uma educação completa: pianista e conhecimento profundo em idiomas e literatura. Seu pai era de uma família de antiga nobreza de Mecklemburgo, na Alemanha, os condes Hahn von Rottenstern-Hahn, que havia emigrado para Rússia um século antes e adaptado seu sobrenome para Gan, e que então prestava serviços para o governo russo. Sua mãe era da família principesca dos Dolgorukov, uma das mais antigas e distinguidas do Império Russo, que havia produzido uma dinastia de príncipes e grãos-duques poderosos e dois czares, além de uma de suas princesas ter casado com Miguel I, o fundador da dinastia então reinante, os Romanov. A família ainda deu figuras importantes para o Iluminismo local. Desta forma Helena nasceu em um ambiente da alta aristocracia russa, rico, educado e culto, mas a união dos seus pais não era feliz. Teve três irmãos, Alexander, que morreu na infância, Vera, escritora de novelas e Leonid.

Em sua infância, alguns presságios atribuíam a Helena um aspecto misterioso e catastrófico. Após a morte de sua mãe, foi enviada para a companhia de seu avó, o governador de Saratov, que vivia num castelo que diziam ser encantado. Aos cinco anos era capaz de hipnotizar; e aos quinze utilizava-se da clarividência.

Esteve na França e Inglaterra em 1845 e em 1848. Contra sua vontade, casou-se aos 17 anos com o general Nicephore V. Blavatsky, 51 anos, governador de Etivan. Porém, seu matrimônio durou apenas três meses. Helena fugiu de casa e foi para Constantinopla, onde permaneceu o tempo necessário para legalizar o processo de separação.

A partir de 1849, começou a viajar pelo mundo – foram nove anos percorrendo a Europa, as Américas e a Ásia. Estudou a religião do Egito antigo e a cabala judaica. Foi parar no Tibete, onde teria tido acesso a uma fraternidade secreta, os Mestres da Sabedoria Antiga. Ali teria recebido seu treinamento psíquico. Desde então, Helena seria capaz de controlar mentes, fazer objetos desaparecerem e projetar o corpo astral para parecer estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Seu trabalho e Ocultismo:

No ano de 1872 em Paris, Madame Blavatsky, como também era conhecida, tentou pela primeira vez fundar uma sociedade ocultista. Nessa longa peregrinação, Helena desenvolveu suas habilidades psíquicas através de treinamentos e experiências ritualísticas. No mesmo ano foi residir em Nova York, entrando em contato com o movimento espírita Irmão Eddy, com os Mórmons e estudou Voodoo.

Depois de breves viagens pela Europa Oriental em 1873, retornou para Nova York. No ano seguinte, conheceu o norte americano Cel. Henry Steel Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica em 1875. Dois anos mais tarde, lançou Isis sem Véu, que contêm mais de 1.300 páginas e esgotou-se no primeiro dia de lançamento; deu continuidade aos primeiros conceitos sólidos da Sociedade. Helena também lançou a revista The Theosophist; e a sede da Sociedade foi transferida para Madras, Índia. Por todo este período, sofreu pressão de grupos indianos para que nada fosse revelado sobre As Estâncias de Dzyan.

No ano seguinte, viajou para a Europa mas se estabeleceu na Índia. Em 1885, adoeceu e foi para a Alemanha, onde deu início ao trabalho de A Doutrina Secreta. Em maio de 1887, foi morar em Londres, e lançou a segunda revista Lúcifer. Publicou A Doutrina Secreta e fundou a Escola Esotérica em 1888. Em 1889 publicou A Chave para a Teosofia e A Voz do Silêncio. Finalmente em 1890, estabeleceu definitivamente a sede da Sociedade Teosófica em Londres; aonde veio a falecer em 8 de maio de 1891, sendo cremada no Working Crematorium.

Helena Blavatsky foi um dos principais ícones da ciência e ocultismo do século XIX. Seus Mestres a chamavam de Upasika. Na Rússia era conhecida pelo seu pseudônimo literário, Radha Bai, e considerada a reencarnação de Paracelso.

Como preço a pagar pelo fato de ser pioneira, Helena Blavatsky foi perseguida através de calúnias de todo tipo. Ela desafiava com a força das suas ideias tanto os dogmas religiosos da sua época como a ignorância cética dos cientistas e materialistas daquele tempo. No plano político, derrubou as bases culturais do colonialismo inglês na Índia e outras nações. Lutou contra todas as formas de intolerância e preconceito, atacou o materialismo e o ceticismo arrogante da ciência, e pregou a fraternidade universal. Sem pretender fundar uma nova religião, sem reivindicar infalibilidade nem se intitulando proprietária ou autora das ideias que trouxe à luz, apresentou ao mundo ocidental uma síntese de conceitos, técnicas e interpretações de uma grande variedade de fontes filosóficas, científicas e religiosas do mundo, antigas e modernas, organizando-as em um corpo de conhecimento estruturado, lógico e coerente que compunha uma visão grandiosa e positiva do universo e do homem. Com isso a Teosofia se tornou, ainda que contestada por vários críticos, um dos mais bem sucedidos sistemas de pensamento eclético da história recente do mundo, unindo formas antigas e novas e provendo pontes entre vários mundos diferentes — sabedoria antiga e pragmatismo moderno, oriente e ocidente, sociedade tradicional e reformas sociais. Influenciou milhares de pessoas em todo o mundo desde que apareceu, desde a população comum a estadistas, líderes religiosos, literatos e artistas, e deu origem a um sem-número de seitas e escolas de pensamento derivativas.

Personalidade

Era muito obesa, adorava comidas gordurosas e vestia-se de modo confuso, preferindo largas túnicas exóticas e vestidos soltos que tornavam seu perfil volumoso ainda mais indistinto; gostava de usar uma profusão de anéis. Era barulhenta, falava incessantemente exceto quando escrevia, mas era uma conversadora brilhante que cativava imediatamente seus ouvintes com uma ininterrupta série de histórias deslumbrantes sobre suas viagens e experiências incomuns em países exóticos. Na discussão pública era praticamente imbatível, mantendo uma posição de extrema autoconfiança e veemência, suportadas por uma erudição e versatilidade que impressionavam a todos. Fumava sem parar cigarros de fumo turco que ela mesmo enrolava e oferecia a todas as suas visitas, gostava de haxixe, de café e de chá. Contrariada, tinha acessos de intensa cólera, quando proferia maldições e outros impropérios nas cerca de quarenta línguas e dialetos que dominava, e que em segundos passavam para um humor tranquilo, carinhoso e jovial. Em certas épocas bebia brandy em quantidade “o suficiente para matar um iaque tibetano”, como ela mesma dizia. Na fase de apogeu de sua carreira as excentricidades de seu comportamento e sua própria figura física eram o exato oposto de quem, de acordo com as expectativas da época, se apresentava como uma discípula de santos e sábios. Esteve durante toda sua carreira pública envolvida em polêmicas e deixou muitas declarações intencionalmente contraditórias sobre sua vida
Suficientemente honesta para não atribuir a si mesma o mérito do trabalho que levava seu nome,

“Helena Blavatsky considerava-se uma escrava voluntária do seu próprio senso de dever. Foi leal às suas fontes de inspiração e destacou o fato de ser uma humilde discípula dos sábios imortais que zelam pela evolução humana.”

Sua Morte

Suas últimas palavras foram “Keep the link unbroken! Do not let my last incarnation be a failure” (“Mantenham o elo intacto! Não deixem que minha última encarnação seja um fracasso”). Em fevereiro de 1891 irrompeu uma epidemia de gripe em Londres. Seu corpo foi cremado em 11 de maio e um terço das cinzas ficou na Europa, um terço foi para os Estados Unidos e o outro terço encontra-se na Sede Internacional da Sociedade Teosófica, em Adyar, depositadas sob uma estátua dela. Após sua morte e a de Henry Olcott a liderança da Sociedade Teosófica foi entregue à sua discípula favorita, Annie Besant. Em seu testamento, Blavatsky pediu aos teósofos que celebrassem a data de seu falecimento como o Dia do Lótus Branco. Atendendo ao seu pedido, desde 1892 os membros da Sociedade Teosófica ao redor do mundo reúnem-se nesta data para homenageá-la.

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29 thoughts on “Helena Blavátsky, a ocultista do seculo XX

  1. Dizer qualquer coisa sobre Blavatsky é insuficiente. Sua obra é decorrência divina, algo que veio clarear e organizar as mentes de muitos homens(e algumas mulheres), mas acima de qualquer coisa em cada obra(li algumas, infelizmente não as soube aproveitar como merecia) da pra sentir o amor divino preencher nossos corações, de forma arrebatadora.

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