Chefe tribal do Malawi anula mais de 2 mil casamentos infantis

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Educadora, ativista feminista e agora, chefe tribal de um distrito do Malawi, uma pequena nação no sudeste da África. Theresa Kachindamoto trabalhou assiduamente para anular, nos últimos três anos, mais de 2 mil casamentos infantis forçados no país.

Com o fim do casamento, que infelizmente é legal em grande parte do Malawi, ela colocou milhares de meninas coagidas, com idades entre 8 e 17 anos, de volta à escola.

Theresa também luta pela criminalização e abolição de rituais que iniciam garotas sexualmente, além do próprio fim do casamento infantil, um tabu no país africano.

Segundo organizações não-governamentais de combate à misoginia [ódio ou aversão às mulheres], mais da metade das mulheres malawianas se casam antes de completarem 18 anos.

O país, hoje com 18,1 milhões de habitante, conta com um baixíssimo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que contribui para agravar a situação da população feminina, colocando-as em um patamar de maior vulnerabilidade social.

Três décadas trabalhando pela igualdade de gênero

Theresa Kachindamoto trabalha pela igualdade de gênero no Malawi há quase três décadas. Em 2016, ela instituiu em seu distrito a maioridade de 18 anos para uniões civis.

A medida pode parecer óbvia em outros lugares do mundo, mas foi uma batalha árdua para que fosse aprovada, numa nação em que é comum ver meninas de 12 anos gestantes. No entanto, Theresa não se deu por satisfeita e travou há pouco tempo um embate para que a idade considerada apta para mulheres se casarem seja de 21 anos.

No Malawi, o casamento infantil não está relacionado somente aos aspectos culturais de seu povo. Por ser uma região muito pobre economicamente, as famílias, compostas por muitos filhos, veem a união de uma garota com um homem uma oportunidade de diminuir os gastos familiares.

Tal união corrobora o silenciamento das vozes femininas e o aumento significativo da violência doméstica – no Malawi, 1 em cada 5 malawianas são vítimas constantes de abuso sexual. Um dado não só angustiante, mas preocupante, uma vez que os índices de HIV sofrem um aumento considerável no país.

Logo, não surpreende que a própria Theresa já tenha sido ameaçada de morte por outros políticos e figuras locais que bradam contra os direitos das mulheres.

Talvez eles não conheçam a força que a motiva a continuar implantando políticas públicas capazes de transformar a vida das mulheres. Rebatendo todas as ameaças, Theresa disse que continuará lutando até a sua morte e finaliza com a seguinte mensagem empoderadora: “Se elas forem educadas, podem ser o que quiserem”.

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