Comportamento das libélulas fêmeas

Dri 13
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As libélulas também são conhecidas como tira-olhos ou libelinha em Portugal e como lavadeira ou jacinta no Brasil.

São um dos primeiros insetos a surgir na Terra – estão presentes no planeta desde o período Carbonífero da era Paleozoica, há cerca de 300 milhões de anos, antes mesmo da existência dos dinossauros.

São carnívoros e predadores.
Seu corpo é formado por cabeça, tórax e abdome e geralmente são coloridas e brilhantes.
Seu comprimento pode variar de 2 a 16 cm, conforme a espécie.


Seus olhos ocupam quase a totalidade de sua cabeça e são compostos por centenas de milhares de lentes hexagonais que lhe dão uma visão privilegiada de quase 360º.

Existem no mundo cerca de 5.600 espécies de libélulas, dessas, cerca de 800 podem ser encontradas no Brasil.

Simbologia da libélula

As libélulas são insetos carregados de simbolismos para diversos povos.

O simbolismo da libélula varia entre significados positivos, como transformação, vitória, força, equilíbrio e criatividade, e negativos, como dúvidas, confusão e amizades ambíguas.

Devido ao seu processo de mutação, estão relacionadas a mudanças, transformações e capacidade de adaptação, como também da introspecção que ensina a ir além das aparências para procurar sua identidade.

Desde sempre, a libélula é considerada um inseto mágico, graças às suas asas que mudam de cor, a sua forma esbelta e a velocidade com que é capaz de voar e fugir de seus predadores.

Nasce de uma larva (ninfa) aquática (poças d’água, lagos temporários, zonas pantanosas, ribeiras ou riachos) e depois se transforma de maneira natural, assim como a lagarta se transforma em borboleta. Dada a transformação da larva à libélula, o inseto também representa a transição da infância para a idade adulta e, portanto, em certo sentido, da superação das ilusões e da aquisição da consciência e do equilíbrio.

Na América, o inseto significa a renovação nos períodos de dificuldade.

De acordo com os nativos americanos, a libélula era o símbolo de uma verdade oculta e o próprio inseto representava as almas dos mortos.

No Oriente, a libélula simboliza sorte, harmonia e prosperidade.

Os samurais tinham em seus capacetes a representação da libélula como esperança de vitória sobre o inimigo e como símbolo de força e coragem. E é esta a simbologia da libélula para os japoneses. No Japão, a libélula é associada à felicidade, coragem e prosperidade.

Vietnamitas associam o voo das libélulas à previsão de chuva.

Mas a libélula também é associada a significados negativos.

Os suecos, por exemplo, acreditavam que o diabo usava as libélulas para pesar a alma das pessoas.

Na China, o inseto simboliza a inconstância.

Para os noruegueses a libélula “fura olhos” e para os holandeses a libélula “morde cavalo”.

Na Europa a libélula muitas vezes é associada às bruxas enviadas por Satanás para criar confusão, e muitas vezes é chamada de “cortadoras de orelhas” ou “agulhas do diabo” por causa do seu corpo fino e longo.

Acredita-se que usar um pingente de libélula significa que está em curso uma mudança em sua vida ou que você está procurando seu próprio equilíbrio e controle mental.

O nome da libélula está ligado a algumas correntes de pensamento:
O nome seria derivado do termo latino “libra”, que significa balança, isto porque enquanto voam, as libélulas parecem uma balança dado que se mantêm em perfeito equilíbrio.

Uma outra hipótese é a de que o nome tenha origem no termo latino ‘libellum’, diminutivo de liber, ou seja, livre. Mas este mesmo diminutivo estaria para “livro” porque suas asas em voo se parecem a um livro aberto.

A Lenda

Diz a lenda que a libélula era um dragão muito sábio que, durante a noite, difundia a luz com sua própria respiração de fogo.

Sua respiração teria criado a arte da magia e da ilusão.

Um dia, no entanto, o dragão acabou sendo um prisioneiro de sua própria magia: para enganar um coiote se transformou em uma libélula, mas, ao fazê-lo, acabou ficando preso no novo corpo, perdendo todo o seu poder.

Comportamento das libélulas fêmeas 

Recentemente, um estudo realizado na Universidade de Zurique, na Suiça, descobriu que as libéluas fêmeas (Aeshna juncea) simulam a própria morte para evitar machos indesejados.

As fêmeas se arriscam numa manobra perigosa, que consite em interromper o voo e se atirar no chão, para enganar os machos que tentam copular com elas.

O comportamento é comum nessa espécie, comumente encontrada na Europa, na América do Norte e na Ásia, devido a uma particularidade no que se refere ao acasalamento e ao comportamento dos machos.

O pesquisador também teve a oportunidade de observar o que acontecia com as que não utilizavam o recurso teatral: todas as fêmeas que continuaram a voar após a primeira cópula, foram agarradas por vários machos durante o voo.

Em uma entrevista à New Scientist, Khelifa se disse surpreso na ocasião, uma vez que estudava libélulas há tanto tempo e desconhecia, até então, esse tipo de comportamento.

 

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