Pelas mãos “delas”, café do Paraná se destaca pela qualidade

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É principalmente pelas mãos femininas que o Paraná tem se destacado na produção de cafés especiais. Por meio do projeto “Mulheres do Café“, pequenas agricultoras do Norte Pioneiro paranaense deixaram o papel de coadjuvantes e assumiram o protagonismo nessa história. Dentre os benefícios colhidos, está a progressiva mudança da fama do café paranaense, que antes estava mais associada aos grandes volumes de produção e, agora, galga posições nos concursos nacionais de qualidade.

Maristela Souza, do município de Tomazina, é uma delas. Maristela vive às voltas com o café desde criança. Primeiro ajudando o pai na roça, depois trabalhando ao lado do marido.

Em 2013, ela aceitou o convite dos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) para participar do projeto “Mulheres do Café”, que surgia com o propósito de capacitar o público feminino para a produção de cafés especiais como forma de agregar valor à pequena propriedade rural.

“Aceitei o convite, fiz cursos, me capacitei e apliquei tudo o que aprendi. O resultado não podia ser melhor. Minha primeira safra de café especial, colhida em 2017, ficou em primeiro lugar no concurso Café Qualidade Paraná”, comemora a agricultora.

Ela conta que naquele ano vendeu a saca de 60 quilos do café premiado a R$ 3 mil. Na época, a saca do café comum era vendida a R$ 400. “Consegui este preço por ser um café especial, premiado, e por ter sido cultivado por mulher”, diz orgulhosa, informando que o mercado paga melhor o café de qualidade cultivado pelo público feminino.

De lá para cá, Maristela, que hoje tem 44 anos, vem acumulando prêmios e progredindo no negócio. Vende o café especial para exportadoras que levam o produto para a Austrália e faz venda direta para cafeterias de Curitiba. Recentemente lançou sua própria marca “Sítio São Luiz”, que comercializa direto ao consumidor pelas redes sociais e no comércio local. O preço que ela recebe pela saca de 60 quilos varia de R$ 1,3 mil a R$ 2 mil, bem superior ao valor pago pelo café tradicional que hoje está na faixa de R$ 750 a saca.

Outra agricultora que participa do projeto desde o começo é Juliane Nunes da Luz, de Pinhalão. Ela tem 31 anos e desde 2004 ajudava o marido na lavoura de café. “Fiz os cursos e há três anos produzo café especial”, conta.

“Minha vida mudou”, afirma. Juliane diz que a atividade é bem trabalhosa. “Exige muita dedicação, atenção e carinho porque o café especial não pode ter defeitos”, destaca. Mas, segundo ela, vale muito a pena. “O que mais vale é o reconhecimento. É uma alegria trabalhar e ver o trabalho reconhecido. Isso melhora muito a autoestima da gente”, afirma.

O café produzido por Juliane, que no ano passado foi campeão do Cup das Mulheres do Café (competição local organizada pela associação das produtoras e pelo IDR), tem mercado garantido. “Não preciso nem divulgar. As cafeterias de Curitiba e São Paulo vêm comprar o meu produto”, diz.

Segundo a agricultora, além da satisfação pessoal o retorno financeiro também compensa. “A venda do café especial rende o triplo do tradicional”, afirma. Com isso, ela conta que a renda familiar subiu e a qualidade de vida melhorou.

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