A mulher que ganhou 10 mil dólares ao ler as letras pequenas de um contrato

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Em 2019, Donelan Andrews, uma professora de ensino médio do estado norte-americano da Geórgia, nos Estados Unidos, teve uma grande surpresa enquanto lia o contrato de uma empresa de seguros de viagem.

A mulher planejava uma viagem à Inglaterra com amigas, e, como todas as integrantes do grupo possuíam alguém em suas famílias com problemas de saúde ou em idade avançada, decidiram contar uma seguradora. Assim, caso ocorresse algum imprevisto, a empresa cobriria os custos.

Andrews conseguiu comprar uma apólice de seguros por 454 dólares, o melhor custo-benefício que encontrou na época, e, após se tornar cliente, naturalmente lhe foi enviado um contrato. A professora então decidiu sentar-se para ler o documento, o que era um costume seu.

“Eu sempre leio todas as letras miúdas (…) Sei que pareço um nerd, mas aprendi a ler contratos para não levar vantagem”, disse ela em entrevista ao The Washington Post na época.

Nesse caso, seu hábito positivo não apenas preveniu possíveis problemas, como também lhe rendeu um prêmio: na página sete do contrato, havia um trecho inusual intitulado “Pagamento por leitura”.

“Estimamos que menos de 1% dos viajantes que compram uma apólice de seguro de viagem realmente leem todas as informações da apólice — e estamos trabalhando para mudar isso”, informava a seguradora.

A seguir, a empresa anunciava que pagaria uma recompensa de nada menos que 10 mil dólares para o primeiro cliente que lhe enviasse um e-mail anunciando ter chegado àquela parte do documento.

Percebendo o que tinha em mãos, Donelan Andrews não perdeu tempo e enviou o e-mail, ao que descobriu ser a primeira pessoa a descobrir o prêmio escondido nas “letrinhas miúdas” do contrato.

Iniciativa

A companhia responsável pela iniciativa inusitada era a Squaremouth, dona da Tin Leg — a seguradora de viagens com o qual a professora de ensino médio fez o negócio. Após encontrar sua cliente vencedora, a empresa não apenas pagou a quantia prometida, como também desembolsou mais 5 mil dólares para doar a cada uma das duas escolas onde a mulher lecionava, ainda de acordo com o The Washington Post.

A campanha de incentivo à leitura de contratos chamou grande atenção da imprensa norte-americana na época. Segundo foi explicado pela empresa responsável pelo projeto, eles repararam que muitas das reclamações que recebiam de clientes insatisfeitos eram frutos de mal-entendidos. A leitura atenta dos contratos, por sua vez, evitava falhas de comunicação.

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