Maria Larissa Ferreira Paiva, conhecida como Larittrix, é um verdadeiro exemplo de determinação e inspiração. Com apenas 19 anos, essa cearense de Pires Ferreira fez história ao ser reconhecida na lista Forbes Under 30, destacando-se na categoria Ciência e Educação. Esse reconhecimento, publicado no final de 2024, reflete não só seu talento individual, mas também a força coletiva de todos que acreditam que a ciência pode transformar vidas.
Desde muito jovem, Larissa demonstrou uma curiosidade insaciável pelo cosmos. Aos oito anos, ao observar a constelação de Órion, ela fez uma pergunta simples, mas poderosa, a sua avó: “O que são aquelas estrelas?”. Essa indagação inicial deu início à sua paixão pela astronomia, impulsionando-a a buscar conhecimento de forma autodidata. Sem acesso à internet nos primeiros anos, ela mergulhou nos livros didáticos e pediu ajuda aos professores. O advento de uma lan house em sua cidade à casou a oportunidade de expandir seus horizontes e iniciar suas pesquisas online.
Aos 15 anos, mesmo enfrentando desafios, Larissa se destacou nas Olimpíadas Científicas, conquistando mais de 20 medalhas em competições como a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). E sua jornada não parou por aí: em 2021, durante a pandemia, ela identificou seu primeiro asteroide através do programa Asteroid Hunt, uma parceria entre a NASA e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com cada descoberta, Larittrix não apenas aumentou sua notoriedade, mas também se tornou um símbolo de esperança para jovens cientistas, especialmente meninas que sonham em ingressar nas áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Ao longo do tempo, Larissa recebeu apoio de instituições e investidores, permitindo-lhe continuar seus estudos e promover a ciência em sua comunidade.
Uma de suas missões principais é popularizar o conhecimento científico. Larissa criou iniciativas para incentivar a participação de jovens em projetos de ciência cidadã, e em 2022, organizou uma competição para identificação de galáxias. Não apenas uma cientista, mas também uma líder, ela se tornou a primeira astronauta análoga do Ceará, participando de simulações de missões espaciais que a aproximaram ainda mais de seu sonho.
Atualmente, Larittrix almeja cursar uma faculdade nos Estados Unidos, onde planeja se aprofundar em astronomia e astrobiologia. Seu objetivo é criar o Instituto Larittrix de Educação Cidadã, promovendo clubes científicos em escolas públicas por todo o Brasil. Em suas palavras, esse é um passo fundamental para disseminar o conhecimento e inspirar a próxima geração.
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