No grandioso ‘Almanaque’, Carly faz florescer centenas de flores imensas

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“A jardinagem devolve a noção de proporção a tudo — exceto a si mesma”, escreveu a autora May Sarton (1912-1995) em seu livro Plant Dreaming Deep (1968), um diário sobre a descoberta do amor por cuidar da terra. Para Carly Glovinski, o sentimento, aliás, configura uma espécie de razão de ser para a notável instalação floral em grande escala da artista no MASS MoCA .

Glovinski ficou especialmente comovido com o livro de Sarton, “A Casa à Beira-Mar” (1977), que retrata a mudança do autor de New Hampshire para o litoral do Maine. A vivacidade dos jardins despertou o fascínio do artista pelas flores, culminando recentemente em uma obra extensa intitulada “Almanaque”.

Celebrando a diversidade e o dinamismo das flores, a obra explora ideias sobre a criação de lugares e a passagem do tempo. “Para Glovinski, o jardim é uma metáfora para o tempo em colapso e memórias perecíveis”, diz um comunicado da exposição. Assim como Sarton, a artista também se inspira no amor da poetisa Emily Dickinson pelas plantas, canalizando reflexões literárias sobre a conexão com os prazeres simples — e o caos sublime — da natureza.

“Almanac” leva o nome do guia anual que prevê o tempo e fornece calendários para eventos astronômicos, marés e plantio. A obra levou mais de um ano para ser concluída e compreende centenas de pinturas de flores prensadas, feitas com tinta acrílica lavável aplicada em ambos os lados de mylar semitransparente. As pinceladas gestuais sobre o material translúcido evocam uma sensação de leveza e delicadeza, como pétalas reais ampliadas para um tamanho maior que o natural. Acima da instalação, ela rotulou segmentos com os meses em que as flores aparecem.

Glovinski faz referência a flores prensadas que ela cultivou, colheu ou coletou de amigos, em alusão ao amor de Emily Dickinson pela prática.

uma grande instalação de parede inteira com vários recortes de pinturas de flores que lembram flores gigantes prensadas ao longo de uma parede branca

A poetisa criou um herbário deslumbrante contendo 424 espécimes coletados em sua casa em Amherst, Massachusetts.

“Ao observar, cuidar e preservar flores, ‘Almanac’ se torna tanto um registro visual das estações quanto um comentário sobre o trabalho de cuidar”, diz o museu.

um segmento de uma grande instalação de parede inteira com vários recortes de pinturas de flores que lembram flores gigantes prensadas ao longo de uma parede branca

 

um detalhe de uma grande instalação de parede inteira com vários recortes de pinturas de flores que lembram flores gigantes prensadas ao longo de uma parede branca

 

um detalhe de uma grande instalação de parede inteira com vários recortes de pinturas de flores que lembram flores gigantes prensadas ao longo de uma parede branca

 

uma grande instalação de parede inteira com vários recortes de pinturas de flores que lembram flores gigantes prensadas ao longo de paredes brancas

 

uma mão segura um grande recorte pintado de uma flor, na frente de vários outros já instalados em uma parede, para mostrar uma representação realista de uma flor amarela em grande escala que parece prensadaFonte

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