Os mil primeiros dias de vida são cruciais para o desenvolvimento e a saúde do bebê. A fase que envolve toda a gestação (270 dias) e vai até cerca de dois anos (730 dias), quando bem-sucedida, pode aumentar as chances da criança se tornar um adulto saudável e ter uma vida produtiva no futuro.
A microbiota do bebê também começa a se formar nesse período, quando ele ainda está no útero da mãe. Esse conjunto de bactérias (antes chamado de flora intestinal) presentes no intestino, tem exemplares saudáveis e outros, nem tanto, que quando em equilíbrio atuam positivamente na saúde do indivíduo.
O leite materno é um dos principais contribuintes para a formação adequada da microbiota intestinal, ajudando na proteção do recém-nascido, principalmente contra infecções e alergias.
Por meio da amamentação, o recém-nascido recebe essas bactérias benéficas que ajudam na colonização do intestino. Inclusive, a fase do colostro (primeiro leite produzido pela mãe após o parto), apresenta grande variedade de bactérias, enquanto a quantidade delas aumenta gradualmente entre o leite de transição e o maduro.
Microbiota em formação
“Desde o momento intrauterino já há uma microbiota incipiente no bebê, que atua como interface entre micro-organismos da mãe e o desenvolvimento de maturação do intestino, sistema digestório e órgãos subjacentes”, explica Bruno Paes Barreto, pediatra especializado em alergia e imunologia e professor de pediatria da Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Até pouco tempo atrás, acreditava-se que o primeiro contato do recém-nascido com bactérias saudáveis da mãe se dava durante o parto normal, por meio do canal vaginal e da pele materna. Estudos recentes, porém, sugerem que o bebê entra em contato com as bactérias maternas desde o útero, por meio do cordão umbilical, líquido amniótico, membranas fetais e mesmo do mecônio em bebês saudáveis.
Características maternas determinam condição das bactérias
Uma série de aspectos da mãe pode alterar a composição e diversidade microbiana do leite materno. Por exemplo, a dieta alimentar, estresse mental ou físico, doenças e mesmo o uso de antibióticos. “Esses fatores que envolvem período perinatal são muito importantes para o bem ou mal, afirma Barreto. O professor acrescenta que o tipo de parto e se o bebê é colocado no seio imediatamente após o nascimento também interferem na microbiota do bebê.
Portanto, quanto mais saudáveis forem os tipos de bactérias no intestino da mãe e, consequentemente no útero e no leite materno, melhor será o desenvolvimento da criança, especialmente do seu sistema imunológico. Estudos apontam que até mesmo a cólica do recém-nascido pode ter relação com a microbiota não-saudável da mãe e, logo, do bebê.
Estilo de vida saudável da mãe favorece o bebê
Para garantir a presença de bactérias boas no intestino, é importante que a mãe procure ter uma boa qualidade de vida, com prática de exercícios e alimentação balanceada, priorizando produtos naturais e ricos em fibras, especialmente frutas, verduras e legumes; grãos integrais e consumo moderado de carnes.
O uso de alimentos probióticos na dieta materna desde a gestação e no pós-parto também pode ser indicado, reforçando ainda mais os benefícios à saúde da criança. Os probióticos são micro-organismos vivos que quando ingeridos regularmente e em quantidades adequadas conferem diversos benefícios à saúde. Eles ajudam a aumentar a presença de bactérias benéficas no intestino e combatem as patógenas, evitando enfermidades.
Já era sabido que a nutrição materna é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do bebê durante a gestação e amamentação. Agora, os estudos da microbiota ampliam a importância da alimentação balanceada da mãe para outros aspectos da saúde infantil. Motivos, portanto, não faltam para seguir um estilo de vida saudável e investir no consumo dessas bactérias!
Atenção: O leite materno é o melhor e mais completo alimento para os recém-nascidos, pois contém todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento da criança. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação deve ocorrer de forma exclusiva até os seis meses de idade e, de modo complementar, até os dois anos de vida.
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