Professora ganha prêmio por incentivar inclusão de mulheres nas ciências exatas

Cássia 20
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Em 2012, a engenheira de materiais Cristiane Agra Pimentel, de 43 anos, deixou o emprego no setor industrial para se tornar professora da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). Além do magistério, ela também passou a se dedicar a projetos de incentivo a mulheres nas ciências exatas. Por conta do empenho na área, Cristiane recebeu o prêmio internacional de Ensino de Graduação 2021 da IEEE (Electrical and Electronic Engineers ou Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos, em tradução livre), uma grande organização americana voltada para o fomento de tecnologia no ramo.

 

 

“Fui a primeira mulher a atuar como engenheira de processos em uma indústria de fabricação de alumínio primário, em São Luís, em 2000. Ao acabar minha graduação, tive que passar por algumas situações que, se tivesse tido apoio e orientação durante a graduação, não teria passado”, conta a engenheira, que trabalhou em indústrias metalúrgicas de diversos estados, em entrevista ao “Universa”.

 

 

“O prêmio não veio por um projeto em si”, explica ao site. “A atuação nossa é composta de várias formas dentro da universidade e da sociedade. A gente atua para permitir uma igualdade, uma melhor atuação dessas meninas na área profissional voltada a área de exatas.”

Entre os projetos de que Cristiane participa e coordena estão o Women in Engineering (Mulheres na Engenharia, em tradução livre), que é voltado para alunas de graduação da UFRB; o Lean Healthcare, focado na gestão de hospitais da saúde pública brasileira por meio de uma equipe composta apenas por mulheres; e o Princesas da Tecnologia, em que ações são realizadas para despertar interesse de meninas pelas engenharias ainda no ensino médio.

 

 

Além da conquista do prêmio, os projetos conduzidos por Cristiane também estão apresentando frutos práticos na vida e no cotidiano das envolvidas. “A gente tem vários exemplos de meninas se destacando na área de exatas”, conta a engenheira, ainda em entrevista ao “Universa”.

“Temos um grupo de elétrica e potência que está concorrendo a um dos três melhores prêmios de desenvolvimento de energia sustentável, por exemplo. Elas desenvolveram um poste para energia solar com a utilização de materiais reciclados para levar energia a comunidades que não tinham ainda energia elétrica. Hoje, temos meninas que atuam nas indústrias de grande porte da região”, completa.

Cristiane não coordena grupos apenas na Bahia, como também conduz ações em outras universidades espalhadas pelo Nordeste.

Fonte

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