Cerâmica estilhaçada, transformadas em esculturas

Michelly 14
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Bouke de Vries se refere a algumas de suas esculturas de porcelana como “naturezas mortas tridimensionais”. O artista, que nasceu na Holanda e agora mora em Londres, cria montagens extensas que lembram uma tigela clássica de frutas ou um cenário de mesa freqüentemente encontrado na arte holandesa. “Eu componho essas peças porque, depois que o pintor acaba com elas, a cerâmica se quebra e apodrece, e eu sopro uma nova vida a elas. 

A borboleta em natureza morta é um símbolo da ressurreição da maneira como vejo o que faço por meio do meu trabalho ”. Nas obras de De Vries, porém, as cenas aparentemente mundanas são fragmentadas com cerâmica estourando, insetos invasores e frutas em decomposição.

O artista começou a trabalhar com porcelana como restaurador por 15 anos antes de embarcar em sua própria prática, que começa na busca por cerâmicas quebradas e cacos de vidro. Ele nunca quebra uma peça não danificada, mas revitaliza aquelas que já estão danificadas, criando novas figuras que celebram a beleza de suas formas anteriores. Com uma queda por Kintsugi , ele frequentemente utiliza laca dourada para destacar as rachaduras reparadas.

Ao lado de naturezas mortas esculturais, a figura de Guan Yin , a deusa budista da compaixão, misericórdia e bondade, é recorrente na obra de De Vries. Muitas vezes cercada por cacos rachados e vestimentas recompostas, ela transmite uma habilidade de compreensão e reparo.

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

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