A mulher, o universo feminino e seus hormônios

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O organismo feminino é regido por um sistema único de comunicação hormonal sem igual na natureza. Seus ciclos e seus instantes fazem dela uma máquina com engrenagens que devem estar sempre em compasso. Quando uma dessas engrenagens falha ou não se movimenta no momento correto, afeta todo o sistema, de forma orgânica, seja em aspectos físicos, emocionais ou mentais.

As alterações hormonais afetam não só órgãos físicos, mas também diretamente os acionamentos neurológicos, principalmente no que diz respeito à neurotransmissão. Por isso é comum o relato, até mesmo na antiguidade, da relação entre menstruação e humor.

Descobertas sobre a plasticidade do cérebro verificaram que o que fazemos (pensamentos e ações) pode estimular diferentes hormônios do corpo, criando comandos específicos para acionar o sistema como um todo.

O ciclo menstrual

A duração do ciclo menstrual varia muito de mulher para mulher, podendo ser de 23 a 35 dias. O início do ciclo deve ser anotado a partir do primeiro sangramento.

O sangramento dura entre três e sete dias e normalmente as queixas maiores de desconforto estão nos dois a três primeiros dias, por conta das contrações geradas no útero para liberação do endométrio (revestimento).

O organismo feminino produz alguns hormônios para controlar cada fase do seu ciclo menstrual.

Na metade do ciclo, isto é, se o ciclo considerado tiver 28 dias, no 14º dia, possivelmente a ovulação estará ocorrendo, o que indica a potencialidade feminina materna de geração de vida.

Após a ovulação, o organismo começa a produzir outro hormônio, a progesterona. Nesse período, muitas pacientes relatam alterações físicas (edemas e dor, entre outras) e alterações emocionais (aspectos relacionados ao humor, tais como irritabilidade, choro e nervosismo), relacionando-as como um quadro de incômodos e baixa produtividade, indicando sinais e sintomas conhecidos como tensão pré-menstrual (TPM).

A menstruação indica amadurecimento físico e psíquico nas meninas na fase da puberdade (primeira menstruação – menarca), observação e entendimento do organismo e suas respostas nas diferentes fases hormonais e identificação/percepção da fertilidade.

Já se cogita que é possível, pela observação de uma mulher por meio do mapeamento de seu ciclo menstrual, a verificação e prevenção de certos estados de desequilíbrio e com isso atuar de forma terapêutica.

A atuação das práticas integrativas na saúde da mulher

Observa-se, nos últimos tempos, uma busca pelas pacientes por técnicas que as visualizem de forma integral, tais como a homeopatia, a medicina tradicional chinesa e a medicina ayurveda, entre outras. Principalmente por conta dessas técnicas vincularem as emoções às manifestações físicas e, além disso, tratarem o indivíduo de forma integral e particular, sem uso de protocolos já formalizados e buscando a causa efetiva da dor, ou seja, tratando a paciente e não a doença.

A ação terapêutica das práticas integrativas de saúde na força vital da paciente faz com que o fator causal se autorregule pelo mecanismo de ação e reação, onde o instrumento terapêutico, quer seja aplicado por via medicamentosa ou por atuação mecânica, aciona o efeito semelhante orgânico, fazendo um despertar indireto do sistema imunológico pela ação da imunidade adquirida e imunidade adaptativa.

O processo de atendimento terapêutico, sempre perceptivo e técnico, acolhe a paciente analisando suas queixas e possibilitando a identificação de fatores causais que desencadeiam os processos de adoecimento, sejam eles físicos, emocionais e/ou mentais.

A mulher atual, seu desempenho e sua performance

As mulheres são as que mais buscam cuidado terapêutico, na busca pelo sucesso profissional, além das atividades familiares, elas fizeram com que se procurasse alívio às dores para uma melhor performance, mas muitas vezes deixando de lado a ciclicidade, tão necessária e saudável para as mulheres.

Culturalmente, foi colocado que as fases das mulheres são pontos negativos a elas, tentando por meios diversos a quebra dessa ciclicidade, trazendo-as para a estabilidade, tão contrária à sua natureza essencial.

A partir disso, surgem a cada dia mais e mais doenças relacionadas a esse universo, que fazem com que a tão sonhada performance não ocorra e ainda trazem danos no decorrer dos tempos, seja nos momentos de períodos férteis, seja na menopausa e até mesmo no despertar hormonal das meninas.

No ambiente doméstico e profissional, muitas ações masculinas são aplicadas no dia a dia das mulheres, o que estimula hormônios masculinos, gerando por consequência desequilíbrios hormonais facilmente detectáveis em seu ciclo. A adequação ao equilíbrio traz mais harmonia. Ao desenvolver o “lado masculino” da mulher se faz necessária a busca em outra área da vida de ações femininas, para trazer um equilíbrio saudável. Atualmente, é comum ouvir-se a expressão “ela é o homem da casa”.

A necessidade da mulher hoje, em geral, é atingir a realização emocional e profissional, entre outras. Não basta só ser esposa e mãe, elas querem mais… O que gera novos desejos e sonhos e, por vezes, novas carências e frustrações. Por isso a importância de reconhecer nossos momentos e fases, saber que não podemos dar conta de tudo, e está tudo bem, uma coisa de cada vez, estar presente nos momentos que vivenciamos é aonde está a diferença, saber sobrevoar essas emoções para que elas não tomem conta da potência criadora da mulher.

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13 thoughts on “A mulher, o universo feminino e seus hormônios

  1. Nossa, amei essa materia! Estou aprendendo a reconhecer meus ciclos, picos de humor… eu tenho TAB entao a alteracao de humor eh 1000x mais instavel. Gratidao pela partilha de informacoes tao ricas. Luz p’ra nos!

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