A história de Radha e Krishna

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Radha é representada principalmente como uma subordinação pessoal voluntária ao seu amado Krishna: sua personalidade dissolvendo-se nele. Com os olhos fechados, a deusa segue-o para onde ele a leva, confiando completamente e abrindo mão do seu ego. Esta é a metáfora divina de um devoto que se funde com Deus. Por extensão, também simboliza um ser amado que se funde com o seu amor.

Em algumas representações, a relação de Radha e Krishna é recíproca e expressa um amor maduro, no qual a confiança e o respeito um pelo outro profundos que o desrespeito é inimaginável. Essas imagens sugerem que, quando duas pessoas se amam, ocorre uma mistura de mentes e corpos, os egos são abandonados, e aquele que ama e o ser amado ocupam posições iguais, o que não somente sublima as emoções sexuais como também fornece um apoio divino para as paixões internas.

A natureza divina de Radha está na exaltação e transfiguração de algumas das emoções humanas mais básicas e arquetípicas. Duas de suas características: mahabhava (grande sentimento) e premabhakti (devoção do amor desinteressado) apontam para a intensidade e a pureza do seu amor, emprestando-lhe uma qualidade metafísica. Os devotos de Radha, tipicamente, não se relacionam com ela pedindo-lhes favores terrenos, mas absorvendo-se no desdobramento da história minuciosamente detalhada do seu amor por Krishna.

Trecho do Harikatha proferido por Om Visnupada Paramahamsa Parivrajakacarya Astottara-sata Srila Gurudev Sri Srimad Bhaktivedanta Vana Goswami Maharaja:

Nessa kalpa (Era), Srimati Radhika nasceu em Varsana na casa de Seu pai Vrisabhanu Maharaj. Srimati Radhika aparece nessa kalpa em uma flor de lótus. Em outra kalpa, Ela apareceu do fogo, em outra kalpa mais antiga, ela apareceu de um ovo dourado.

  Radha e Krsna são um, mas para realizar os passatempos, eles se tornam dois, murta e amurta, manifesto e imanifesto.

  Vrisabhanu Maharaja está se banhando no Yamuna e o Yamuna está fluindo de forma belíssima. Assim Vrisabhanu Maharaja afundou na água por completo, e quando ele emergiu da água, havia milhares de flores de lótus desabrochadas à sua frente.

 Uma das flores era especialmente brilhante e naquela flor de lótus linda havia uma criança. A criança era  maravilhosa, Gaurangi, muito refulgente como a cor do ouro derretido, tapta-kancana-gaurangi. Seu cabelo era muito lindo e Ela estava sorrindo muito docemente com lindos dentes e os lábios muito doces.

  Vrisabhanu Maharaja ficou admirado, extasiado em ver tanta beleza, ele não tinha nenhum filho, nenhuma criança e o que ele fez? Ele aceitou aquela criança, ele a pegou em seus braços, a levou para casa e deu a Kirtida Devi, que ficou extasiada de felicidade. A Sua potência de prazer, a própria personificação de Krsna apareceu hoje e tanto prazer foi levado a Vrisabhanu Maharaja e Kirtida Sundari Devi.

   Quando Srimati Radhika apareceu, Ela veio com os olhos fechados e disse: “Só vou abrir meus olhos para ver Krsna”(Deus).

   A cor do corpo de Srimati Radhika é dourada, mas seus olhos são escuros, nila, porque o que ela olha, o que ela vê é somente Krsna(Deus), então seus olhos são de uma cor muito escura.

 Nanda Maharaja foi à casa de Vrisabhanu Maharaja e Vrisabhanu Maharaja contou pra ele:

– Oh, minha filha não abre os olhos.

   Krsna então se aproximou de Srimati Radhika e chamou:

– Radhe! E Ela abriu os olhos, vendo então Seu amado Govinda. Ela o abraçou em seu coração.

 

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