Mestra Sun Buer (ou Sun Bu’er, ou Sun Pu-erh), foi uma Taoísta chinêsa da linhagem Quanzhen (全真道), que se concentrava nas práticas taoístas de alquimia interior.
Foi uma dos sete discípulos do taoísta Wang Chongyang, conhecidos na China como “Os Sete Imortais”.
Sun Buer viveu na província de Shandong, na China. Era uma mulher bela, inteligente, casada, e com três filhos.
Deixou seu lar e sua amada família disfarçando-se com roupas estranhas, cabelos desgrenhados e simulando insanidade. Assim conseguiu alcançar a cidade de Luoyang, onde após doze anos de prática na “Gruta da Imortal Senhora Fênix” (fengxiangu dong) realizou-se no Tao, sendo considerada desde então uma imortal.
Teve muitos discípulos, fundadora da linhagem taoísta da Pureza e tranqüilidade (清靜) (Qingjing pai) e também é autora de diversos escritos Taoístas.
Escritos por Sun Buer
Em seus textos Sun Buer desenvolveu os conceitos do Mestre Wang Chongyang sobre a Alquímia Interna Taoísta, explicitando as características específicas da prática feminina em catorze poemas que descrevem cada uma das etapas deste processo de transformação física e espiritual lembrando os trabalhos devotamente técnicos do Tantra e outras formas de Yoga.
Em uma de suas poesias ”Refinando o Espírito” Sun diz “Lave bem os brotos amarelos”.
Para começar a entender isso, precisamos explorar a complexa linguagem da alquimia interior taoísta.
Quando a mente está quieta, o coração está claro e a pessoa está totalmente presente, então um fogo maravilhoso emerge do coração. Esse fogo, na linguagem taoísta, é considerado a essência yang liberada, o dragão.
A essência yin, o tigre, é descoberta através da prática espiritual, purificação e refinamento energético.
Quando essas duas energias fundamentais são descobertas, elas podem ser conscientemente reunidas em união (referida como o acasalamento do dragão e do tigre), resultando em uma profunda totalidade e consciência não-dual.
A partir dessa consciência de união, uma centelha de vida nova desperta no indivíduo, chamada de “broto amarelo” ou “ovo”. À medida que essa centelha de vida nova é nutrida pela consciência não-dual (ou seja, os brotos são regados e mantidos limpos), ela amadurece no “remédio” ou na “pílula de ouro” ou no “elixir” ou na “criança”. Este remédio cura a doença fundamental da separação; a criança é o novo corpo energético que está livre da mácula da morte. É o novo Eu, o vasto e eterno Eu. É o corpo imortal.
Algumas tradições taoístas interpretam isso literalmente como sendo livre da morte física; outros entendem que este é um estado de consciência que é imortal no momento presente, pois está finalmente e verdadeiramente vivo de uma maneira desconhecida, antes a pessoa estava morta até a descoberta da vida.
Livros que sobreviveram até a atualidade:
“O Livro Secreto sobre o Elixir Interior conforme a Transmissão da Imortal Sun Buer” (Sun Buer yuanjun chuanshu dandoao mishu)
“Ditos exemplares da Patriarca Imortal Sun Buer” (Sun Buer yuanjun fayu)
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