Por que as japonesas pintavam seus dentes de preto?

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Ohaguro (お歯黒) pode ser traduzido como “dentes escurecidos”. É o nome da prática onde os japoneses (geralmente mulheres) tingiam seus dentes de preto. Mas esta prática não era comum apenas no Japão. Outros países do Sudoeste da Ásia e Ilhas do Pacífico, tais como as Filipinas, Laos, Vietnã, Tailândia, Índia e China também eram adeptos dessa prática.

Mas você deve estar se perguntando qual a razão das mulheres aderirem a esta prática, já que ter dentes brancos é muito mais bonito e saudável. Sabemos que as regras que ditam a beleza mudam de país para país, sem contar as modas que mudam a longo dos anos. E ter os dentes pretos era sinal de beleza no Japão até o final do século 19. Pois é, acredite se quiser! 😮

Mas o Ohaguro também era usado para outros fins como fortalecer os dentes e protege-los contra cáries e periodontite. Outra razão é que naquela época as japonesas gostavam de usar maquiagem branca, o que fazia com que os dentes aparentassem mais amarelos do que eram na realidade. Pinta-los de preto era uma solução encontrada para evitar esse problema.

Quando começou esse costume?

Não se sabe ao certo quando a prática do Ohaguro começou. No entanto, acredita-se que tenha sido durante o Período Nara (710 ao 784), graças à Imperatriz Genmei quando apareceu em público com os dentes escurecidos. Como era o maior símbolo da alta nobreza japonesa, as mulheres pertencentes às classes mais altas resolveram adotar pra si esta prática.

Com o passar do tempo, o procedimento foi se estendendo ao resto da população, geralmente mulheres casadas ou solteiras com mais de 18 anos de idade, assim como prostitutas e gueixas. Assim, dentes pretos significava a maturidade sexual de uma mulher. Ohaguro também foi praticado por homens da aristocracia ou da família imperial e também por alguns samurais, como forma de demonstrar gratidão e lealdade aos seus mestres.

Que produto era usado para o Ohaguro?

No Japão era usado uma mistura conhecida como kanemizu (かねみず), que consistia na dissolução da limalha de ferro no vinagre. Depois outros ingredientes eram adicionados a essa mistura como pó de chá ou pó de gallnut, que fazia com que a pasta se tornasse preta e indissolúvel em água. O nome do produto final era chamado de fushiko.

Estima-se que no período Edo, 35 milhões de mulheres tingiam os dentes praticamente todos os dias, o que leva ao resultado impressionante de 20 toneladas de Fushiko por dia. Como o produto de beleza não era barato, haviam outras receitas que podiam incluir ácido sulfúrico, concha de ostra, arroz fermentado, metal enferrujado e vinho de arroz.

O cheiro que resultava dessa tinta não era nada agradável, como podemos supor. Além disso, a cor não se fixava nos dentes de forma permanente, precisando ser aplicada diariamente ou pelo menos dia sim dia não. No entanto, esta camada negra funcionava como uma “proteção” evitando que as bactérias causadoras das cáries se fixassem nos dentes.

Em fevereiro de 1870, o governo do Japão proibiu a prática do Ohaguro, e aos poucos o mesmo tornou-se obsoleto. Hoje em dia ainda é possível ver um sorriso preto em algumas peças teatrais japonesas, filmes, novelas e até em festas tradicionais. Neste caso, os atores japoneses que desejam tingir os dentes utilizam um mistura de cera derretida com carvão.

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