Mulher decide fazer gentilezas para estranhos todos os dias por um ano

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“Você poderá achar que a bondade é sinal de fraqueza, ilusão ou transigência, mas, na verdade, ela é fundamental para a forma como nos conectamos”. Assim resume o pesquisador Robin Banerjee, do Centro de Pesquisa da Bondade da Universidade de Sussex, no Reino Unido, sobre o conceito de bondade.

Mulheres notáveis vão na mesma linha. “Para mim, ser amável é parte do propósito de estar vivo”, diz Bernadette Russell, ativista da gentileza.

“Para mim, os atos de bondade são necessários no mundo, agora mais do que nunca”, complementa Nina Andersen, fundadora do projeto Community Senior Letters.

Gentileza todo dia

“Em 2011, eu estava sentada em uma lanchonete, tomando meu café da manhã, quando olhei para uma televisão e havia um ônibus de dois andares em chamas em Londres”, conta Bernadette Russell.

“Parecia uma guerra civil”, relembrou Bernadette.

Menos de uma semana depois, Bernadette foi até uma agência dos correios e notou, na fila, que faltavam algumas moedas para um estranho comprar um selo.

Para resolver o problema, ela lhe deu as moedas que faltavam. “Sua gratidão foi muito grande em comparação com o pouco tempo e dinheiro que gastei. Mas pensei: “coloquei um sorriso no seu rosto e isso me fez bem. No caminho de volta para casa, bolei um arriscado plano de fazer um ato de bondade todos os dias para um estranho durante um ano. Isso mudou a minha vida!”, completou.

Bernadette criou inúmeras conexões sociais graças à sua iniciativa de ser gentil todos os dias por um ano inteiro.

Em entrevista à BBC, ela explicou que a experiência acabou sendo “totalmente comovente, completamente aterrorizante, ocasionalmente cara e, às vezes, fisicamente perigosa, como quando carreguei compras muito pesadas por 6,5 km até o apartamento de uma senhora. Foi muito muito cansativo e incrivelmente inspirador”, relatou.

“Eu ficava em êxtase todos os dias. Na maior parte do tempo, sentia uma espécie de energia suave envolvendo meu coração e também na barriga… Em resumo, eu me sentia muito bem”, explicou.

O que a ciência diz sobre caridade

Ser gentil, por mais simples que pareça, tem efeitos poderosos em nosso cérebro. “É um dos grandes paradoxos da bondade que um ato amável, cuja intenção é de beneficiar os demais, na verdade tem consequências positivas para você mesmo”, destacou Robin Banerjee, diretor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Sussex, no Reino Unido.

Para o pesquisador, “existem padrões de ativação no cérebro que correspondem a um estímulo ao bem-estar. As formas de recompensa no cérebro são ativadas quando as pessoas realizam atos de gentileza.”

Cientificamente falando, a gentileza “ativa” neurotransmissores no cérebro, que são os mensageiros químicos que controlam nosso estado de ânimo. Com isso, sentimos sensações agradáveis gerados por eles, que proveem uma sensação de conexão com as demais pessoas.

“As coisas pequenas podem, na verdade, ser coisas grandes. Todas essas pequenas coisas que você pensa que não são relevantes podem ser o mais importante para criar um ambiente que realmente permita que as pessoas se sintam bem e possam trabalhar juntas para assumir desafios realmente grandes”, disse Banerjee.

“Assim como uma praia é composta de bilhão de grãos de areia, existe essa bela humildade ao dizer ‘eu posso, a qualquer momento e a qualquer hora do dia, colaborar para fazer do mundo um lugar melhor’”, completou.

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