Em Minas Gerais, uma sugestão feita por uma estudante de 11 anos ao professor dela levou a uma inovação publicada numa revista especializada de matemática.
Raiz quadrada, a matéria quebra a cabeça de muito aluno.
“O que vai ser a raiz quadrada de 36? Vai ser eu buscar um número que quando fizer ele vezes ele, ele ao quadrado, o resultado vai dar 36. Então a raiz quadrada vai ser quanto? 6!”, diz o professor de matemática Frederico Ferreira a seus alunos.
A Júlia Pimenta Ferreira, aos 11 anos, descobriu um jeito de calcular a raiz quadrada sem ficar fazendo um monte de tentativa.
Como descobrir a raiz quadrada pela fórmula da Júlia
O melhor ainda do método de Júlia é que ele dispensa grandes operações. É fácil, simples e rápido!
Digamos que você queira descobrir a raiz quadrada de 144.
Primeiro, multiplique 10×10 para tentar chegar perto. Conseguiu o resultado de 100.
Depois, some o 10, usado na primeira multiplicação, o seguinte 11 e o resultado anterior. 10+11+100. Chegou em 121.
Por fim, some 121 + 11 + 12 e chegue no valor de 144. Assim, a raiz quadrada de 144 é o último número somada na operação, 12.
Viu como é fácil pela linha de raciocínio da Júlia?
Felicidade e inspiração
A amiga Lara Barros, 12 anos, mal acreditou. “No começo eu não estava entendendo nada, mas depois que ela me contou, eu achei que ela é muito genial”, falou.
“Era algo completamente diferente do tradicional e fantástico. Não era utilizado pelos estudantes, não é ensinado nas escolas, não é ensinado nas faculdades. Foi uma fórmula diferente de resolver o problema”, diz o professor Frederico.
A partir da ideia da Júlia, o professor Fred criou uma fórmula enorme e que foi parar numa das revistas científicas de matemática mais importantes do Brasil. E assim, agora, tem um jeito novo de calcular raiz quadrada, o que pra muitos estudantes simplifica bem as contas.
Na revista científica a fórmula está com o nome do professor Fred e da menina de 11 anos que enxergou tudo isso.
“Por mais que hoje essa fórmula sirva apenas, entre aspas, pra um cálculo de raízes quadradas, isso pode, sim, num futuro, talvez próximo, desencadear o estudo de uma teoria mais avançada e, possivelmente, trazer avanços, não somente pra matemática, mas pra comunidade científica como um todo”, relata o coordenador Nacional da Sociedade Brasileira de Matemática, Gustavo Araújo.
Para Júlia e para os colegas, essa é uma experiência estimulante sobre a matéria.
“Eu fiquei surpreso, porque eu nunca ia pensar uma coisa desse tipo. É um cálculo, assim, profundo, que não iria passar em nenhum momento pela minha cabeça”, diz o aluno Otto Kloser, 12 anos.
“Para mim, antes, eram só regras que você tinha que seguir. Aí depois que eu inventei, ficou como se fosse regras que você tinha que seguir, mas que você podia criar novas”, completa Júlia.
Para o professor, ficou a lição de que esta troca na sala de aula com os alunos é uma conta que fecha redondinha.
“Não é só algo legal e bonito. É algo simples e genial. É uma ideia que te traz novos caminhos e novas possibilidades”, conclui.
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Acho que entendi rs. Muito bom!
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Uau!! Que gênia rsrs e tão nova, impressionante!
Que gracinha💓
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