O Bambu nas Mitologias e Culturas do Mundo

Dri 9
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O bambu é uma planta versátil e resistente, que tem sido usada por diversas culturas e povos ao longo da história. Além de suas aplicações práticas, o bambu também tem um significado simbólico e mitológico em várias tradições. Neste artigo, vamos explorar algumas das formas como o bambu participa das mitologias e culturas no mundo.

 

O bambu na mitologia chinesa

 

 

Na mitologia chinesa, o bambu é considerado um dos quatro nobres, junto com a orquídea, o crisântemo e a ameixeira. Essas plantas representam as quatro estações e as quatro virtudes do confucionismo: integridade, elegância, lealdade e perseverança.

 

 

O bambu simboliza o inverno e a integridade, pois é capaz de suportar o frio e a neve sem se quebrar ou perder sua cor verde. O bambu também é associado à longevidade, à flexibilidade, à humildade e à simplicidade.

 

 

Um dos mitos mais famosos envolvendo o bambu é o da origem do chá. Segundo a lenda, o imperador Shen Nong, considerado o pai da agricultura e da medicina na China, estava fervendo água sob uma árvore de bambu, quando algumas folhas caíram na panela. Ele provou a infusão e sentiu seu sabor e seus benefícios para a saúde. Assim, ele descobriu o chá e o introduziu na cultura chinesa.

 

 

Outro mito relacionado ao bambu é o da criação do primeiro ser humano. De acordo com a lenda, após um grande dilúvio, apenas o deus Fuxi e a deusa Nüwa sobreviveram. Eles se refugiaram em uma caverna de bambu e pediram aos céus uma forma de repovoar a Terra. Os céus lhes deram um pedaço de argila, que eles moldaram em forma de gente e assopraram vida. Assim, eles criaram o primeiro casal humano, que se multiplicou e deu origem à humanidade.

 

O bambu na mitologia japonesa

 

 

Na mitologia japonesa, o bambu também é uma planta venerada e admirada. Ele é considerado um símbolo de pureza, força, prosperidade e paz. O bambu é usado em vários rituais e cerimônias, como o shintoísmo, o budismo e o chá. O bambu também é um elemento importante na arte e na arquitetura japonesas, como na pintura, na caligrafia, na escultura, na música e no paisagismo.

Um dos mitos mais conhecidos envolvendo o bambu é o da princesa Kaguya, que foi encontrada dentro de um talo de bambu por um velho cortador de bambu. Ele a adotou como sua filha e a criou com amor e carinho. A princesa cresceu e se tornou uma bela jovem, que atraiu a atenção de muitos pretendentes, inclusive do imperador. No entanto, ela recusou todos os pedidos de casamento, pois revelou que era originária da lua e que teria que voltar para lá. Ela deixou a Terra em uma carruagem celestial, mas antes de partir, ela deu ao velho cortador de bambu um elixir da imortalidade e uma carta de despedida.

Outro mito relacionado ao bambu é o do deus Susanoo, que derrotou a serpente de oito cabeças Yamata no Orochi, que aterrorizava uma região. Ele usou oito barris de saquê feitos de bambu para embebedar a serpente e cortar suas cabeças com sua espada. Dentro de uma das cabeças, ele encontrou uma espada sagrada, que ele deu de presente à sua irmã, a deusa do sol Amaterasu.

 

O bambu na mitologia indiana

 

 

Na mitologia indiana, o bambu é considerado uma planta sagrada e auspiciosa, que representa a fertilidade, a abundância, a sabedoria e a iluminação. O bambu é usado em vários ritos e festivais, como o Diwali, o Holi e o Pongal. O bambu também é um instrumento musical e uma fonte de alimento para muitas pessoas e animais.

Um dos mitos mais famosos envolvendo o bambu é o da deusa Parvati, que se transformou em uma planta de bambu para escapar do assédio do deus Shiva. Ela se escondeu em uma floresta de bambu, mas Shiva a encontrou e a cortejou. Ele quebrou um dos galhos de bambu e o levou consigo. Dentro do galho, estava o filho de Parvati, o deus da guerra Kartikeya, que nasceu sem o conhecimento de sua mãe. Kartikeya cresceu e se tornou um grande guerreiro, que liderou os deuses na batalha contra os demônios.

 

 

Outro mito relacionado ao bambu é o do deus Krishna, que usou uma flauta feita de bambu para encantar as pessoas e os animais com sua música. Ele tocava sua flauta para chamar as pastoras, as gopis, que o amavam e o seguiam. Ele também tocava sua flauta para acalmar e proteger as vacas, que eram sagradas para os hindus. A flauta de bambu de Krishna é considerada um símbolo de amor, devoção e alegria.

 

O bambu na mitologia africana

 

 

Na mitologia africana, o bambu é uma planta sagrada e auspiciosa, que representa a fertilidade, a abundância, a sabedoria e a iluminação. O bambu é usado em vários ritos e festivais, como o Diwali, o Holi e o Pongal. O bambu também é um instrumento musical e uma fonte de alimento para muitas pessoas e animais.

 

 

Um dos mitos mais famosos envolvendo o bambu é o da árvore baobá, que é considerada um símbolo das culturas africanas tradicionais. Os velhos baobás africanos de troncos enormes suscitam a impressão de serem testemunhas dos tempos imemoriais. Os mitos e o pensamento mágico-religioso yorubá têm na simbologia da árvore um de seus temas recorrentes. Na sua cosmogonia, a árvore baobá surge como o princípio da conexão entre o mundo sobrenatural e o mundo material. As árvores estão associadas ao tempo quando a existência sobreveio e numerosos mitos começam pela fórmula “numa época em que o homem adorava árvores”.

 

 

Um dos mitos da criação conta que para cada ser humano modelado de barro por Orisala, o grande pai da criação yorubá, criava-se simultaneamente uma árvore. Um outro mito relata a origem das árvores sagradas, especialmente o Iròkò, que é uma das espécies vegetais mais imponentes da terra yorubá. O Iròkò é visto como um ser sobrenatural, que abriga os espíritos dos ancestrais e dos gênios.

 

O bambu na mitologia grega

 

 

Na mitologia grega, o bambu é uma planta rara e exótica, que tem uma ligação com o deus Dioniso, o deus do vinho, da fertilidade e do êxtase. Dioniso era filho de Zeus e da princesa Sêmele, que morreu ao ver a verdadeira forma do deus. Zeus salvou o bebê Dioniso e o costurou em sua coxa, até que ele nascesse. Dioniso foi criado por ninfas e sátiros, que lhe ensinaram os segredos da vinicultura e da vegetação.

Um dos mitos mais conhecidos envolvendo o bambu é o da origem da flauta de Pã, um instrumento musical feito de canas de bambu de diferentes tamanhos, unidas por cera ou corda. Pã era um deus da natureza, metade homem e metade bode, que vivia nos bosques e nas montanhas. Ele era apaixonado pela ninfa Siringe, que o rejeitava por causa de sua aparência. Um dia, Pã perseguiu Siringe até o rio Ladon, onde ela pediu ajuda às ninfas da água. Elas transformaram Siringe em um canavial, que balançava ao vento. Pã, ao soprar as canas, ficou encantado com o som que elas produziam e resolveu fazer uma flauta com elas, em homenagem à sua amada.

 

 

Outro mito relacionado ao bambu é o da criação da primeira flauta transversal, que foi atribuída à deusa Atena, a deusa da sabedoria, da guerra e da arte. Atena teria inventado a flauta para imitar o lamento das górgonas, após a morte de sua irmã Medusa, que foi decapitada pelo herói Perseu. No entanto, Atena abandonou a flauta quando percebeu que ela deformava seu rosto e comprometia sua beleza. A flauta foi encontrada pelo deus Hermes, que a aperfeiçoou e a deu de presente a Apolo, o deus da música, da poesia e da profecia4

 

O bambu na mitologia polinésia

 

 

Na mitologia polinésia, o bambu é uma planta sagrada e mágica, que tem uma relação com o deus Maui, o herói e o malandro da cultura polinésia. Maui era filho do deus Tangaroa, o deus do mar e dos peixes, e da deusa Hina, a deusa da lua e da tecelagem. Maui realizou muitos feitos extraordinários, como pescar ilhas do fundo do mar, roubar o fogo dos deuses, levantar o céu e capturar o sol.

Um dos mitos mais famosos envolvendo o bambu é o da origem do coco, um fruto que é considerado um símbolo da vida e da fertilidade na Polinésia. Segundo a lenda, Maui e sua mãe Hina viviam em uma ilha onde não havia água doce. Maui decidiu escalar o monte mais alto da ilha, onde havia uma fonte sagrada guardada por um espírito. Maui lutou contra o espírito e conseguiu pegar um pouco de água em um pedaço de bambu. Ele desceu o monte correndo, mas tropeçou e deixou cair o bambu, que se partiu em vários pedaços. Cada pedaço se transformou em uma palmeira, que produzia cocos cheios de água doce. Assim, Maui e sua mãe puderam matar a sede e se alimentar dos cocos.

 

 

Outro mito relacionado ao bambu é o da criação da primeira flauta de nariz, um instrumento musical feito de um tubo de bambu com um furo na extremidade. A flauta de nariz era tocada pelos sacerdotes e pelos chefes, que a usavam para invocar os deuses e os ancestrais, ou para expressar seus sentimentos e emoções. A flauta de nariz teria sido inventada pelo deus Tane, o deus das florestas e dos pássaros, que a usou para seduzir a deusa Hina, a esposa de Tangaroa. Tane soprou a flauta de nariz e encantou Hina com sua música, fazendo-a fugir com ele para a terra. Tangaroa ficou furioso e enviou uma grande onda para destruir a ilha onde eles estavam, mas Tane usou seu poder para proteger a ilha e a flauta de nariz.

 

Conclusão

 

O bambu é uma planta que participa de diversas mitologias e culturas no mundo, tendo um significado variado e rico em cada uma delas. O bambu pode simbolizar a força, a flexibilidade, a pureza, a integridade, a fertilidade, a abundância, a sabedoria e a iluminação. O bambu também pode estar relacionado com a criação, a música, o fogo, o mar, o céu, a terra, o sol, a lua e as estrelas. O bambu é, portanto, uma planta que revela a diversidade e a beleza das tradições e dos povos que a utilizam e a admiram.

 

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