O Caminho da Guerreira

Bruna 22
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Nas antigas sociedades matrifocais prevaleciam valores de solidariedade e parceria entre homens e mulheres, visando à sustentação, defesa e florescimento das comunidades. Conforme o corromper da “ordem religiosa” e contaminação social, a mulher então foi relegada ao papel de vilã, vitima ou escrava, sendo considerada como desprovida de alma e de direitos. Tendo seu abstrato feminino travado devido sua ameaça à lógica. O que é de sumo interesse para os “donos do mundo”.

No Egito antigo, por exemplo, Ísis era o aspecto feminino da tríade formado por ela, Osíris e Horus (Seth) o filho. O catolicismo representa essa criação inicial como santa trindade, substituíram o abstrato feminino, a mãe, pelo “espírito santo” visando ocultar o grande poder da mulher. Para legitimar o poder patriarcal adotou-se o axioma de que Deus era unicamente masculino, portanto, apenas os homens eram seus reflexos e somente eles poderiam se comunicar com o divino. Esse dogma oprimiu a alma feminina nos últimos três milênios e destruiu a autoconfiança nos seus direitos e valores, permitindo assim a violência e opressão nos níveis físico, emocional, mental e espiritual. Como consequência resultou um mundo com predominância de valores e ações masculinas, a egrégora desse poder aparecendo disfarçada nos valores culturais, sociais, familiares, espirituais e científicos.

Até hoje em certas tradições místicas e práticas mágicas persiste o conceito patriarcal da liderança espiritual masculina, negando o direito e a capacidade da mulher em dirigir rituais, fazer iniciações, ter visões e revelações ou receber mensagens espirituais fidedignas. A razão oculta da permanência desta supremacia patriarcal continua sendo o medo milenar e atávico em relação ao poder inato das mulheres no nível mágico e oracular. Esses dons sempre pertenceram a elas, mas lhes foram negados e ao exercê-los, elas sofreram punições ou mortes, por isso o desafio atual das mulheres no caminho da verdade é superar seus medos, sair do ostracismo e assumir seu poder.

Para entrar no campo da cura a mulher está batalhando até hoje, apesar de que as mulheres sempre foram as curandeiras, parteiras e herbalistas. A história de diversas culturas atesta também que as visionárias eram sempre mulheres, que guiavam as decisões dos chefes de tribos, os conselhos das comunidades, as opções de guerra ou paz, prevendo o desfecho das batalhas e as calamidades naturais, que transmitiam as mensagens das divindades e dos espíritos ancestrais. Porém, o patriarcado reprimiu e depois proibiu a atividade visionária das mulheres e negou sua inata capacidade de conexão com o plano divino.

Da mesma forma, foi condenada e cerceada a atuação da mulher como guerreira, mesmo conhecendo sua inata e feroz capacidade defensora dos seus filhos, bem como sua astuta atuação mediadora nas negociações de paz. O aspecto mais combatido e perseguido foi o sacerdotal, por temer sua associação com os poderes mágicos da Lua, dos ciclos, dos espíritos e das energias naturais. Exemplo disto: a odiosa “caça às bruxas”, perseguindo e aniquilando as mulheres devido ao seu reconhecido e temido poder sagrado e mágico. Almejava-se também a negação dos direitos ancestrais das mulheres, que lhes permitiam possuir bens, escolher parceiros, ter a opção de gerar ou não, nomear filhos, transmitir conhecimentos, desenvolver e praticar seus dons espirituais e criativos, reverenciar e celebrar as Deusas e a Mãe Natureza.

No caminho da ativação dos caminhos da ancestral sabedoria feminina, a mulher atual assimila facilmente os conceitos de ensino, cura e percepção sutil, mas enfrenta maiores desafios e oposições (internos e externos) para assumir sua capacidade sacerdotal e mágica, devido ao contexto e ambiente religioso, familiar e social em que vive. Porém, o aspecto mais difícil e desafiador para aceitar e exercer é o da guerreira, devido à associação cultural e histórica da luta com violência e agressão. O reconhecimento do direito sagrado de assumir o poder da guerreira é o primeiro passo para que a mulher contemporânea alcance seu “empoderamento” e se reconecte.

Em nosso reino, as mulheres unem se em uma mesma busca espiritual, restabelecendo sua conexão com a simetria, posicionando se em favor da verdade e da justiça, conscientes de que o “empoderamento” de uma irmã não ameaça as outras, pelo contrário, contribui para fortalecer a todas, pois entendem que cada uma é um reflexo. Amparadas pela conexão com os arquétipos divinos femininos, elas se tornam guerreiras a serviço de si mesma, de suas irmãs, essencialmente do TODO. Juntas e de mãos dadas  percorrendo o caminho da verdade que às conduz ao abraço acolhedor e protetor da simetria.

Aprendemos que é o equilíbrio e comunhão da Lua e do Sol dão a perspectiva necessária para a harmonia no centro, na ‘Terra’, gerando a vida. Bem como, o homem e a mulher, em diferente canalização de perspectiva. Logo, o verdadeiro “empoderamento” feminino não significa imitar ou assumir modos, atitudes e comportamentos masculinos, pois a mulher não almeja tornar-se um homem, nem tomar o lugar dele. O seu propósito é resgatar o poder feminino intrínseco e ancestral, que lhe permite expressar a vasta gama dos seus dons e possibilidades. Para que a partir de sua conexão ao masculino, com amor e honra, gerem a harmonia para o transbordar da nova era de LUZ.

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