Aos 49, transplantada de pulmão é atleta e bicampeã mundial de corrida

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Imagine passar a vida tendo exercícios como uma de suas atividades favoritas e de repente não poder mais respirar direito, que impede qualquer tipo de movimento mais brusco. Foi exatamente o que aconteceu com a educadora física gaúcha Liège Gautério, de 49 anos. Aos 38 anos ela precisou de um transplante de pulmão para voltar a respirar, devido a uma fibrose pulmonar.

Aos 43, se tornou campeã nos 100 metros rasos nos Jogos Mundiais de Transplantados (WTG – World Transplant Games). Hoje, quase dez anos depois, Liège está treinando para defender o terceiro título mundial na categoria, em 2023 na Austrália.

“Fui a primeira mulher brasileira transplantada a trazer esse ouro para o Brasil”, diz a atleta.

A atleta ainda criou uma organização para dar apoio e incentivo a outros transplantados a fazerem exercícios.

 

“Eu já tinha duas formações, em biologia e fonoaudiologia, quando resolvi fazer educação física, porque movimento sempre foi minha paixão. Mas no meio do processo fiquei doente. Eu cheguei a ir à formatura com oxigênio porque já estava na fila de transplante”, conta ela.

 

Três meses depois de receber um novo pulmão, ela voltou à atividade física. Um tempo depois descobriu a existência dos jogos mundiais e resolveu começar a treinar para competir.

 

“Muitos transplantados tem receio de se exercitar. Ao contrário, os exercícios trazem muitos benefícios, e é isso que eu tento mostrar.”

 

Em 2015, aos 42 anos, mais um problema de saúde chacoalhou a vida de Liège. Um câncer de mama foi detectado que levou a uma mastectomia. Curada, a atleta voltou ais treinos.

“Sempre fiz ballet, natação, musculação, acho que isso me ajudou a lidar melhor com esses momentos.”

 

Menopausa sem reposição hormonal

Por conta do transplante e do câncer de mama, fazer reposição hormonal não é uma opção para Liège para lidar com os sintomas da menopausa.

 

“Minha menopausa começou no ano passado, mas até agora está tranquilo.Acho que a atividade física tem um grande impacto nisso, ajuda na redução de sintomas.”

 

De fato, estudos mostram que, quem faz exercícios regularmente, tem sintomas mais leves no climatério.

“O único problema que surgiu foi uma osteoporose, mas isso devido ao uso prolongado de corticóide, que todo transplantado precisa fazer. Isso acaba prejudicando algumas coisas. Mas eu fico pensando: imagine se eu não fizesse exercícios como estaria.”

 

Rotina de exercícios e dieta.

“Eu faço atividade física os dias da semana. Yoga, musculação, natação e o próprio treino de atletismo para competir. Me alimento bem, principalmente com ovos, carne, vegetais, carboidratos e proteínas balanceados. Sem consumir muito doce ou fritura. Me permito comer de vez em quando, mas sem exageros. Como transplantados são imunosuprimidos com medicamentos para evitar a rejeição do novo órgão, gente tem mais dificuldade para ganhar massa magra, por exemplo, por isso invisto na musculação, para tentar reverter um pouco esse processo. Além disso, o corticóide faz mal aos tendões, ligamentos etc.Por isso todo esse investimento em atividade física ajuda a melhorar esses malefícios.”

Liège diz que hoje, seu grande trabalho é no sentido de conscientizar as pessoas sobre a importância de deixar registrado em vida seu desejo se ser doador de órgão e poder assim ajudar pessoas como ela, que aguardam longos períodos na fila de transplante.

“É muito mais difícil para a família tomar essa decisão se a pessoa não tiver manifestado esse desejo em vida. É por isso que precisamos lutar.”

 

Fonte: Uol

 

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