Sulis, Deusa das águas curativas

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Sulis, Deusa das águas curativas | Dez mil nomes

Sulis ou Suilead (também chamada de Sul ou Sulevis) é a Deusa celta da cura, das águas termais e curativas. Através de suas águas Ela é capaz de promover a cura e trazer saúde e bem-estar para os seus devotos. Seus símbolos são tanto a água quanto o sol, um purifica e o outro consagra.

Ela também era muito invocada para solucionar pequenos roubos em sua casa de banhos, onde as pessoas apelam para a Sulis punir os autores conhecidos ou desconhecidos do crime até a reparação ser feita. Normalmente era solicitado que a Deusa prejudicasse o bem-estar físico e mental do perpetrador, pela negação do sono, fazendo com que as funções corporais normais cessem chegando até a morte.

Sulis, Celtic Goddess of the Hot Springs at Bath

Origem do nome

O significado exato do nome de Sulis ainda é uma questão de debate entre os linguistas, mas uma possibilidade é “Olho/Visão”, talvez derivado de uma palavra Proto-Celta “sūli” – que pode estar relacionada à palavra “sol”. Sendo assim, seu nome significa sol e olho.

A respeito do Sol, Sulis pode ser representada como alguém que nada nas águas rumo à luz. Já a parte que significa “olho” pode se relacionar ao fato dessa deusa estar ligada a água doce, e quando vemos uma nascente d’agua, a chamamos de olho d’água sendo Sulis o próprio olho d’agua, por seu templo possuir águas mornas já essa água vem de dentro da terra.

Ela é a Deusa das cura e das águas termais, sendo aquela que mergulha fundo nas suas mazelas para voltar à luz purificada. É por tal renovação e compreensão profunda que a derivação de seu nome, Suilead, significa sabedoria.

Considerada uma Deusa Solar, em seu templo residia um fogo perpétuo.

A Deusa Sulis era representada como uma mulher madura vestindo um manto de pele de urso, com uma coruja a seus pés.

Quando os romanos invadiram a Inglaterra, eles acharam um lugar com muitas fontes termais onde era realizado cultos à Deusa Sulis. Pouco tempo depois, eles perceberam que a água deste templo era curativa, medicinal e milagrosa.

Os romanos construíram edificações por volta dos anos 60 d.C, e renomearam o local para Aquae Sulis (do latim Águas de Sulis). Eles se familiarizaram facilmente com Sulis pois ela se parecia com a deusa deles chamada Minerva, que era a deusa associada às águas curativas que teriam o poder de debelar doenças. Tal aproximação entre as Deidades também ajudaram aos Celtas a assimilarem a cultura de seus conquistadores. Logo depois o templo de Sulis se tornou casa de banho romana. Em tal lugar dizem que era possível ver o nome de Sulis em todas as paredes e que havia uma estátua de Deusa de 2,5 metros.

Atualmente podemos ver o nome de Sulis nas paredes além de imagens dela por todas as partes juntamente com o nome e imagens de Minerva. Essa casa de banho pode ser visitada no dias de hoje apesar de não ser permitido que entrem em suas águas.

Locais de Culto

Muito cultuada pelos povos celtas britânicos no sul da Inglaterra, Sulis possuía um SPA-santuário e um altar na cidade de Bath, no condado de Somerset, onde permitia as pessoas visitá-la e invocá-la pelos seus dons de cura e saúde.

Essa cidade é descrita como “a que foi construída em local nobre e melhor de toda a Inglaterra.” Sua provável fundação ocorreu 863 anos d.C, a mando do rei celta Bladud. Com a ocupação romana, as fontes termais ganharam visibilidade. Imensas piscinas públicas tornaram-se área de lazer e local de reuniões e negócios.TABULETA POSTAR

Inclusive foram encontradas em torno de 130 tabuletas datadas entre os anos de 2 e 4 d.C, na cidade de Bath, em que algumas são de invocação e pedidos de intervenção à Deusa Sulis Minerva. A maioria das tabuletas tem conteúdo mágico e era direcionada a vingança de pessoas que tiveram suas vestes roubadas enquanto tomavam banho, e, dessa forma invocavam a deusa para que ocorresse justiça ou até mesmo a destruição da vida do ladrão. A maioria está inscrita em latim vulgar e latim “bretão”, porém existem duas com a possibilidade de serem em linguagem celta.

Uma das mensagens encontrada em uma tabuleta no Templo em Bath se lê: “Docimedis perdeu duas luvas e pede que o ladrão responsável perca a cabeça e veja o templo da deusa”.

Também eram feitas oferendas em pequenas panelas dedicadas à Ela pelos adoradores que foram encontrados em Bath; geralmente inscrito com “DSM”, uma abreviação do latim para Dea Sulis Minerva, “para a deusa Sulis Minerva“.

 

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