Flor de lótus: da sujeira surge a beleza

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Dentre todos os fenômenos infinitos e curiosos da natureza a flor de lótus se destaca.

Um fenômeno que é uma metáfora apaixonante sobre a vida e as adversidades que enfrentamos todos os dias.

A flor de lótus é um tipo de lírio d’água cujas raízes têm a base na lama e no lodo de lagoas e lagos.

Ela possui a semente com maior longevidade e resistência: pode aguentar até 30 séculos antes de florescer sem perder a sua fertilidade.

A flor de lótus é símbolo de pureza e beleza que pode surgir em um terreno alagadiço.

Esta bela flor emerge e se nutre de barro, em pântanos ou lugares alagadiços, e quando floresce se eleva sobre o lodo. De noite, as pétalas da flor se fecham e ela mergulha sob a água. Ela se fecha para mergulhar, mas ao amanhecer se levanta novamente sobre a água suja, intacta e sem restos de impureza por causa da disposição das suas pétalas em forma de espiral.

A flor de lótus tem a peculiaridade de ser a única flor que também é fruto ao mesmo tempo: o fruto tem a forma de cone invertido e está no seu interior. Quando a flor está fechada ela não tem cheiro, mas quando se abre o seu aroma lembra o jacinto. Muitos consideram o seu aroma hipnotizante, capaz de alterar o estado da consciência.

Mitologia sobre a Flor de Lótus

O fascínio por esta flor fez com que ela se tornasse um símbolo fundamental para diversas civilizações ao longo da história.

A flor de lótus é considerada sagrada e um dos símbolos mais antigos com diversos significados para os países do Oriente, embora também encontremos diversas referências a elas no mundo ocidental.

Na mitologia grega, os lotófagos eram um povo místico que os antigos identificavam como os habitantes de um povoado ao norte da África. Diz a lenda que uma bela deusa se perdeu em um bosque até chegar a um lugar onde abundava o lodo, denominado lótus, onde ela afundou. Este espaço havia sido criado pelos deuses para os seres cujos destinos haviam sido fracassar na vida. Contudo, a jovem lutou durante milhares de anos até que conseguiu sair dali transformada em um bela flor de lótus, simbolizando o triunfo da perseverança diante das situações adversas.

No contexto budista, o lótus serve como assento ou trono para Buda e indica um nascimento divino. É interessante notar que a postura mais tradicional para a meditação seja justamente as pernas cruzadas de forma que o corpo lembre uma lótus. É passando pela sujeira interior que é possível a iluminação. 

No mundo cristão, a flor de lótus é o lírio branco que significa tanto fertilidade quanto pureza. Tradicionalmente, o Arcanjo Gabriel leva para a Virgem Maria o lírio da Anunciação.

Venerada em muitos lugares, desde Índia, China, Japão e Egito, a flor de Lótus durante muito tempo simbolizou a criação, a fertilidade e, sobretudo, a pureza, uma vez que essa bela flor emerge das águas sujas, turvas e estagnadas. Além disso, representa a beleza e o distanciamento, pois cresce sem se sujar nas águas que a envolvem (a raiz está na lama, o caule na água e a flor no sol).

Na crença hindu, simboliza a beleza interior: “viver no mundo, sem se ligar com aquilo que o rodeia”.

No Egito, essa flor atípica simboliza a “origem da manifestação”, ou seja, o nascimento e o renascimento visto que ela abre e fecha consoante o movimento solar e, ademais, está relacionada com os Deuses Nefertem e Re. Vale lembrar que o lótus azul era venerado pelos faraós do Egito por possuir características sagradas e mágicas associadas ao renascimento. Os egípcios antigos associavam a flor de lótus com o Deus do Sol Ra devido ao ritualismo de a flor se fechar durante a noite e se abrir, todas as manhãs, com o ressurgimento do sol.

É também a única planta que regula o seu calor interno, mantendo-o por volta dos 35º, isto é, a mesma temperatura do corpo humano. Outra característica peculiar são suas sementes, que podem ficar mais de 5 mil anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade pra germinar.

Importante mencionar também que no luciferianismo cristão, a flor de lótus simboliza aquilo que o mestre Bob Navarro sempre ensina: que nós somos o erro para Deus ser o acerto. Que somos o adubo, a lama, e que o brotar glorioso a cada manhã dessa flor se dá pela graça de Deus, sendo que a glória por sua beleza e profundo simbolismo é toda dEle. Também nos faz lembrar de como Lucifer desce ao inferno (lama, sujeira, lodo) para levar a luz, para reciclar as impurezas e transmutá-las em divina beleza.
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