Esquizofrenia: um novo olhar

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Essa matéria tem a finalidade de abordar como lidar com os transtornos mentais sob uma perspectiva conscienciológica, e mostrar como é possível conviver com eles da melhor forma possível. O mais agudo é a esquizofrenia, que encontramos no dicionário com a seguinte definição: 

substantivo feminino

Doença que se caracteriza pela perda do contato com a realidade.

Designação comum a várias psicoses endógenas definidas por uma separação entre a ação e o pensamento, ocasionando a perda do contato com a realidade.

Repare que é uma condição que foca na ruptura do ser com a realidade. Mas então podemos nos perguntar, o que é de fato a realidade? Será que o que chamamos de real não é um conjunto de informações as quais somos apresentados desde a infância, e que, por muitos acreditarem nelas, se torna, de fato, o que chamamos de realidade?

Ao pensarmos nos mitos do passado, vemos certas situações como impossíveis e esquizofrênicas, como por exemplo o nascimento de Atena, que ocorre após Zeus sentir uma forte dor de cabeça e pedir para seu filho Hefesto, que lhe abra a cabeça com um golpe de machado e então, nasce Atena, já revestida de armadura.

Parece impossível, esquizofrênico, pensar como um novo ser pode vir de um homem, pela sua cabeça ainda, já adulta e revestida de armadura. Porém, para os antigos, essa era uma história que era piamente validada como real, sendo que se fosse nos dias atuais, se alguém contasse tal fato seria logo internado numa clínica psiquiátrica. Isso explica como a noção de realidade muda de acordo com os tempos e épocas, então o que seria uma perda de contato com a “realidade” de um esquizofrênico?

Perspectiva Luciferiana

Na Escola de Lúcifer aprendemos que existem dois níveis de realidade: o quântico e o binário. No binário o que predomina é a lógica, a linearidade, as ações de nossa vida que exigem ação e cognição. O quântico seria algo como o “mundo das ideias” de Platão, o abstrato, a parte sensorial e emocional, invisível aos olhos, mas presente no binário como aparentes coincidências, sincronicidades, habilidades psíquicas, etc

Um esquizofrênico ou uma pessoa com transtorno mental que envolve psicose (como no caso dos episódios de mania do transtorno bipolar) está em contato constante com o lado quântico da realidade, por isso soa incoerente, alucinando. Pois o quântico é abstrato, sem forma, não tem controle ou linearidade.  A pessoa acessa seus sonhos e traumas e se perde neles, se isolando do binário. 

Nesse vídeo o mestre Bob Navarro explica sobre a relação desses sonhos e traumas com esse momento esquizofrênico, e fala que as pessoas que seguram tal momento estão quase que na borda da realidade, muitas vezes almas muito grandes em missão. 

Momentos Esquizofrênicos

Além das pessoas que portam essa condição de forma crônica, existem também certas situações em que é possível sentir o que uma pessoa com esquizofrenia sente, como em experiências de expansão consciencial com enteógenos (como ayahuasca, cogumelos, e até a cannabis), experiências de quase morte e surtos psicóticos.

Em alguns casos, a abertura para o quântico é tão grande que a pessoa pode precisar de medicação para voltar a sintonizar o binário e seguir fazendo essa manutenção. Milene*, que ficou internada por 1 ano por conta de uma sequência de surtos psicóticos, conta sua história e explica como conseguiu ajuda após conhecer o trabalho da Escola de Lúcifer:

“Em 2013 aconteceu meu primeiro surto. Eu ainda não conhecia a escola. O momento esquizofrênico não é totalmente ruim quando se está lidando com ele. É como se tudo estivesse acontecendo, uma intensidade muito forte de estar no “paraíso” e no “inferno”. 

Eu queria ser Deus e pensava que de fato era, sentia a mesma sensação como se estivesse  “comungando” constantemente com o Daime, perdendo o senso do que é uma alucinação e o real. Nesse ponto tudo se confunde, como se fosse nosso ego embaralhado no quântico. Sinto como se uma das causas pra acessar esse momento fosse a fuga do binário, por não aceitar o que ocorre no meu coletivo e ele ser pesado, e o foco em leituras  incoerentes  de “teoria da conspiração”, ocultismo entre outros. 

Passei por vários surtos e várias clínicas, em que são usados sistemas de contenção, um deles é amarrar você pelas mãos e pés em uma cama, em uma dessas vezes senti realmente como se fosse um pássaro amarrado tentando voar. Entendo que estes momentos de exclusão social foram necessários, mas o sistema psiquiátrico deveria ser reformulado, pois muitas vezes deixa a pessoa mais doente e se fosse eficaz não existiria tanto retorno de pacientes. 

Também tem todo o preconceito da sociedade, e da pessoa consigo mesmo (o que prejudica mais ainda, no quântico os dois são um). Quando conheci a EDL vi a coerência de cara pois mesmo em surto tive uma gnose no quântico. Como sempre gostei muito de estudar, e na escola encontrei o que eu queria, passei a estudar muito. 

Mal trazia pra lógica um pacote de informação e já colocava outros, mais do que suportava, então como já tenho uma tendência a permanecer no quântico entrei em surto (tem  vídeos do Mestre Bob que falam que absorver mais informação do que suporta dá nisso).

Tive ajuda dos Irmãos mas a internação foi inevitável. Voltei com muita vergonha e perdida, pois há uma grande perda da essência em clínicas, pois lá você não escolhe por você, é só o que o sistema impõe… Mas eu tinha em mente que o único sentido que há estava na EDL,  então fui atrás. 

Agora que retornei, apesar de ter o diagnóstico me “impedindo” de trabalhar no sistema e conviver em sociedade, graças à Escola tenho perspectiva, consegui um trabalho com um familiar, tenho minha rotina no binário, às vezes com dificuldade, mas entendo que são meus sonhos e traumas travando, administro isso estudando e trazendo pra lógica os pacotes, com a ajuda de alunos e mestres. 

Uma das coisas mais importantes é que hoje entendo e sou grata por Deus ter me confiado um momento tão pesado. Hoje entendi o que é o Amor e a Honra, e que pisando no outro, estou pisando em Deus. Sei que outro ponto que me levou à esquizofrenia foi o desrespeito às Medicinas Sagradas, por enquanto não entro em contato por respeito.

Entendendo que preciso sobrevoar as emoções, domar meu cavalo, e lembrar que a Fé em Deus é a Vitória, ter gratidão. Fazer a Oração dos Humildes e da Guerreira me ajudam muito. 

Lembrando que a única coisa que existe é a nossa União! O que torna o fardo mais leve. Sempre procurei a cura, aqui eu descobri que a escola é um alinhamento da Alma, e que é possível ir dissolvendo sonhos e traumas. Importante falar também que até a hora não subestimo o uso de medicação!

Todo esse desdobramento foi importante pra eu entender o valor da Humildade e o Renascer pra causa, saber que Deus existe e é Vivo, e que os 7/12 momentos eternos habitam mesmo na incoerência do momento esquizofrênico. Luz p’ra nós!”

Como lidar com o momento esquizofrênico?

A boa notícia é que existem técnicas que podem ajudar a aliviar os sintomas de quem porta essa condição de maneira mais profunda, se tornando membro você tem acesso à apostila “Técnicas Úteis” que tem vários exercícios para ajudar.

Agora, caso apenas acesse esses momentos por alguns instantes, tente se lembrar de que não está sozinho, traga para a lógica que, se Deus está em todos os átomos que nos cercam e dentro de nós, Ele sabe que você está naquele momento, e lembre-se que Cristo está lá contigo. Ele segurou todas as dores e sofrimentos do mundo na Cruz, então já passou por esse caminho.

Duas dicas que podem ajudar:

  • Se os pensamentos estiverem muito confusos, acelerados ou desorganizados, pense na sua respiração, como se fosse a coisa mais importante do mundo. Fique controlando ela, contando toda vez que inspira e expira. Isso trará uma sensação de solidez, de lógica, pois sua mente estará funcionando para contabilizar a respiração, além de te trazer mais para o presente. 
  • Se você sente que cai mais nesse momento após o uso algum enteógeno, repense sua relação com ele. Se pergunte se está tratando a alma daquele vegetal com respeito. No caso da cannabis, é muito bom ter um certo ritual para consagrá-la. Escolher um lugar tranquilo, ter reverência, procurar não estar comungando escondido, acender um incenso se possível, fazer uma oração antes de comungar pedindo proteção. Com certeza isso vai minimizar muito os riscos de “dar bad” e cair nesse momento.

O principal é manter a fé em Deus, lembrando que cada um de nós tem sua própria cruz a carregar, e lembrar que, quando começamos a dissolver nossa noção do que é a realidade de fato, como o mestre Bob Navarro a apresenta, é normal ter uma certa instabilidade mental por um momento. É como se fôssemos um computador antigo, que de repente começa a atualizar e rodar um software de última linha. É preciso ter paciência e ir se lapidando, ao ponto de observar esse momento e não ser mais abocanhado por ele, sem se perder no quântico, afinal é disso que Deus nos protege.

 

Não deixe de conferir também!

A esquizofrenia e a união

A consciência do quântico pro binário e do binário pro quântico 

 

Luz p’ra nós!

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12 thoughts on “Esquizofrenia: um novo olhar

    1. Salve irmão. O relato é de uma outra irmã da escola, apesar de termos passado por momentos parecidos. Ela preferiu que eu não revelasse sua identidade, por isso o nome fictício. Luz p’ra nós!

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