“Jenipapo significa na língua tupi guarani ‘fruta que dá tinta’, pois é dessas frutas verdes que os índios extraem um tinta preta, que serve para a pintura corporal e de utensílios”.
Para os índios tupi e guarani era quase que um ritual: colher os frutos do jenipapo (Genipa americana) ainda verdes, extrair deles um sumo esbranquiçado e aplicá-lo na pele ou em objetos de cerâmica para que, como que por mágica, eles ficassem azulados, quase pretos. Por isso batizaram a espécie de iá-nipaba, ou fruta que serve para pintar. O efeito durava cerca de 15 dias e, hoje é sabido, é culpa da genipina, uma substância que, em contato com o ar, oxida e muda de cor.
Para quem vive no Norte e Nordeste do Brasil nos tempos atuais, no entanto, o ritual que segue a colheita é outro: transformar os frutos em doce, suco, geleia, sorvete, bala e, é claro, no famoso licor de jenipapo, aquele que todo mundo que visita a região faz questão de levar para casa como lembrança. Não que o jenipapo não possa ser consumido in natura – o sabor é adocicado com um toque de acidez. Só que, como o cheiro não é dos mais agradáveis, as pessoas acabam preferindo usá-lo em receitas.
A popularidade da espécie por aquelas bandas é tão grande que, na Bahia, festa junina que se preze tem que ter licor de jenipapo – de preferência o produzido artesanalmente, que é mantido em infusão em tonéis por até um ano antes de ser envasado. Já no Pará, a planta é valorizada mesmo por suas propriedades medicinais: da raiz às folhas, passando pelos frutos, cada parte tem uma função: combater a anemia, tratar problemas digestivos, reduzir a retenção de líquidos e o colesterol… até o tronco branco e macio – o único que não entra nas tradicionais garrafadas – tem lá seu uso: é matéria-prima para a fabricação de móveis, esculturas e peças de xilogravura, bem como para as construções civil e naval.
Difícil mesmo é entender por que uma árvore tão importante quase não é vista em outras partes do País. O clima com certeza não é desculpa: tropical por natureza, o jenipapo é nativo da Amazônia, da Mata Atlântica e de outras áreas das Américas do Sul e Central.
Na aldeia de Bacurizinho, que abriga índios da etnia Guajajara, no centro do Maranhão, uma farmácia de remédios naturais para as mais diversas doenças – entre elas a Covid-19 – chama atenção. No território indígena banhado pelo Rio Grajaú, garrafadas de medicamentos naturais são expostas e penduradas acima do balcão, com a indicação da doença para as quais são recomendadas.
Os ingredientes são vários, todos extraídos de plantas da região, como o jenipapo e a cannabis sativa (a planta da maconha). Edilene Souza Guajajara, conselheira de saúde que prepara e vende os fármacos naturais para a comunidade, dá as receitas para tratamento dos sintomas do coronavírus.
É importante lembrar que os não indígenas não têm um tratamento específico para a Covid-19 até agora e o que se faz em boa parte dos casos é tratar os sintomas, como febre e dores. Ainda não há remédio contra o coronavírus.
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Luz P’ra Nós!
Luz p´ra nós
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Conheço bem essa fruta, me lembra minha infância no interior!
Luz pra nós!
Luz p’ra nós!
Aqui na roça tem, nunca prestei muita atenção. Valeu pelo post. #luzpranos
Muito bom, gratidão!🙏🕯️✨